Aguinaldo Silva criticou o afastamento de José Mayer da novela "O Sétimo Guardião", após a figurinista acusar o pai de Julia Fajardo de assédio sexual. "A gente tem que pensar nisso. Se ele errou, errou. Mas o ator José Mayer não deve ser sacrificado por causa disso", ponderou o autor durante o lançamento de uma websérie. "Espero voltar a trabalhar com ele. Aliás, espero não. Rezo por ele. O José é um ator imprescindível", acrescentou o novelista.
O ator já trabalhou em várias novelas de Aguinaldo como "Tieta" (1989, atualmente em exibição no canal pago Viva), "A Indomada" (1997), "Senhora do Destino" (2004, trama que a Globo negou que iria cortar cenas do ator por conta da denúncia de assédio) e "Império" (2014). "Tenho amizade muito grande e admiração pelo ator imenso que ele é. Não consigo deixar de ser solidário", afirmou em entrevista ao programa "TV Fama", exibida na noite desta quarta-feira (10).
O autor comentou ainda a denúncia feita por Su Tonani, que explicou o motivo de não ter prestado depoimento. "Acho que nessa situação infeliz tudo o que aconteceu não foi bem explicado até agora. Ela tirou a queixa. É obrigação levar o caso adiante! Você tem que ir até o fim", opinou. "O mais difícil é revelar, abrir o jogo. O assédio é sempre uma coisa complicada para a pessoa assediada", frisou o autor da trama prevista para estrear no primeiro semestre de 2018. A história vai reunir, entre outros, Marina Ruy Barbosa, Lilia Cabral e Cauã Reymond.
Logo após ser cortado de "O Sétimo Guardião", José confirmou a história em carta escrita por assessoria de imprensa contratada. "Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas", afirmou. "Admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas", completou.
(Por Guilherme Guidorizzi)