Diva desde os anos 90, Beyoncé está cada dia melhor. Quem se lembra de uma jovem Beyoncé cantando hinos dos anos 90 junto com o grupo Destiny's Child? Eleita em diversas listas de personalidades mais influentes, poderosas, e até ricas da música mundial, a cantora de família famosa (seu marido é rapper e produtor musical e sua irmã é cantora de R&B) nasceu em Houston, no Texas, e completa 37 anos neste dia 4 de setembro. Bey continua a mostrando o motivo de ser tão venerada no universo pop. Vencedora de 22 Grammys (seis de uma só vez), Beyoncé já vendeu quase 120 milhões de discos pelo mundo. Ela é mãe de três filhos – Blue Ivy, Rumi e Sir -- frutos do casamento com o rapper e produtor musical Jay-Z, e está constantemente abordando tanto em seus trabalhos quanto na vida pessoal temas necessários dos direitos humanos, como racismo e feminismo. Para fazer isso, a musa – além de seu público engajamento político – cria videoclipes, e protagoniza performances cheias de referências (especialmente à cultura africana e afrodescendente) que nos faz suar para desvendá-las. O mais legal é que ela costuma fazer isso através da moda e da escolha dos seus figurinos, que costumam contar com colaborações dos stylists e designers mais renomados do universo fashion. Além disso, a cantora não poupa esforços para promover e contribuir com suas causas. Confira três momentos recentes em que a musa uniu fashionismo e engajamento.
Logo este mês, Queen Bey estrela a revista "Vogue America" em sua edição mais especial do ano, a September Issue. É a segunda vez que a diva estrela a capa da revista, mas desta vez foi ela quem conduziu toda a sua colaboração com o veículo, com o poder cedido pela própria Anna Wintour, editora-chefe da publicação. Uma de suas exigências para a participação foi a escolha do fotógrafo Tyler Mitchell, de 23 anos, o primeiro negro a clicar a capa da revista.
Quem acompanha a cantora sabe que ela costuma se inspirar em figuras femininas fortes da cultura africana e afrodescendente. Uma de suas grandes inspirações na história é a rainha Nefertiti, do Egito Antigo. Além de ter inspirado figurinos da cantora, a rainha foi, ainda, ponto de partida para uma coleção de roupas criada por ela própria e vendida em seu site. Ao lado do faraó Amenofis IV, Nefertiti comandou a revolução religiosa no país africano.
Sua apresentação no Coachella 2018 foi histórica. Além de ter adiado sua participação no evento anteriormente (o show de 2017 foi cancelado em função de sua gravidez de gêmeos) -- o que deu um gostinho especial ao show do ano seguinte -- ela acabou sendo, em 2018, a primeira mulher negra a ser atração principal no festival. Nessa apresentação, que reuniu as Destiny's Child e ainda contou com participações da família: Jay-Z e Solange, ela ainda fez um tributo à diva Nina Simone e citou um texto de Malcom X, um dos líderes dos Pantera Negra, movimento de origem negra nos Estados Unidos em 1966 que propunha reformas política e reivindicava direitos aos negros.
Em 2017 a cantora – que estava grávida dos gêmeos Rumi e Sir – aproveitou o momento para fazer uma ode à maternidade no palco do Grammy. Exibindo o barrigão em um look dourado, Bey trouxe à performance sua mãe, Tina Knowles e a filha de cinco anos Blue Ivy. Entre as referências especuladas estão Virgem Maria, a deusa hindu Shiva e ainda Oxum.
Feito em parceria com seu marido, Jay-Z, o vídeo da música "Apeshit" foi filmado dentro do museu mais visitado do mundo, o Louvre, em Paris. Em imagens simbólicas, o casal questiona a cultura eurocêntrica e branca com atitudes marcantes, como ato de dar as costas à Monalisa, pintura mais célebre do renascentista Leonardo da Vinci, em exposição no museu. Nessa ocasião ela ainda exibiu figurino Burberry por Riccardo Tisci. Simbologias e referências para transmitir mensagens políticas são recursos que a cantora (e também Jay-Z) usam com frequência em suas obras. Quem se lembra quando a diva "quebrou" a internet ao lançar a sequência (maravilhosa) de clipes do álbum "Lemonade"?
(por Deborah Couto)