A família do prefeito de Jatobá representa preconceito e conservadorismo extremados, na novela "Babilônia", e nos próximos capítulos Aderbal (Marcos Palmeira) vai fazer um escândalo homofóbico. Convocado para discursar no velório do secretário de comunicação da cidadezinha, o político se revolta ao saber que o falecido era gay e dispara: "Eu não vou velar um doente no salão da prefeitura!". A cena, como a maioria deste núcleo, acaba tendendo para a comédia e, em meio à confusão, o corpo acaba caindo do caixão em cima do prefeito. A sequência está prevista para ir ao ar nesta sexta-feira (29).
Além de corrupto, Aderbal é um poço de hipocrisia. Em casa e diante dos eleitores, banca o bom marido, fiel e religioso; porém seu comportamento passa longe de quaisquer valores que ele tanto prega. Trai a mulher com garotas de programa, está com uma amante fixa, Susana (Yanna Lavigne), arma para lucrar nas obras da prefeitura e está tentando conseguir favores sexuais de Beatriz (Gloria Pires) em troca de fazer a Construtora Souza Rangel ganhar as licitações da prefeitura. Ainda assim, o mau-caráter colocou Rafael (Chay Suede) para fora de sua casa quando o pretendente de Laís (Luisa Arraes) disse que não tem religião.
De acordo com o colunista de TV Daniel Castro, tudo começa depois que o político, sem saber que o secretário que morreu era gay, libera as instalações da prefeitura para fazer o funeral. Queiroz (Marcelo Laham), e a família do falecido demoram a chegar e Aderbal, aflito, começa o discurso: "Meus amigos, sua atenção. O Altíssimo chamou o nosso estimado irmão Antenor Ribeiro. Homem íntegro, respeitável, exemplo de integridade e virtude religiosa e cristã! Sua súbita ausência abre uma cratera em nossos corações. Vamos orar por ele, por sua sofrida esposa e adoráveis rebentos".
Viúvo do secretário aparece e Aderbal dá show de homofobia
É já no meio da fala do prefeito que Queiroz chega acompanhado Raul, o marido do secretário, e abraça Aderbal, comovido por suas palavras. "Meus pêsames pelo seu irmão", o corrupto, diz, fungindo estar penalizado. Entretanto, o assessor avisa que não se trata do irmão do morto. "Seu tio? Seu primo? Seu cunhado?", pergunta o corrupto, ao que o viúvo responde: "Meu saudoso marido".
Ao ouvir isso, o pai de Laís mostra toda sua homofobia, aos gritos: "O quê? O defunto era boiola? Por que ninguém me contou que o morto era pederasta? Invertido! Eu não sabia que o meu secretário de comunicação era maricas". Revoltado e furioso, ele exige uma explicação para a informação não ter chegado até ele ainda e manda tirarem o caixão da prefeitura. "Eu não vou velar um doente no salão da prefeitura", dispara.
Raul se descontrola diante de tanta ofensa e parte para cima do político: "Nós não somos doentes! O senhor está sendo um cavalo! Seu estúpido". Aderbal se esquiva do viúvo e esbarra no caixão, que cai no chão. Na confusão, o corpo acaba caindo em cima dele. Consuelo (Arlete Salles) se desespera: "Acudam! Chamem a polícia! A ditadura gay está agredindo o meu filho". Levado por seguranças, o marido do morto ameaça: "Isso não fica assim! Você vai pagar, seu homofóbico! Eu vou te processar". Confira todas as novidades de "Babilônia" no nosso resumo da semana.