Após causar fúria no príncipe Philip e fazer o monarca quase processar a Netflix por causa da trama envolvendo a morte da irmã, o quarto episódio da quinta temporada de "The Crown" reviveu uma frase latina dita pela Rainha Elizabeth II em um discurso público em 1992. Em Guildhall, Elizabeth II disse que 1992 estava sendo "Annus Horribilis", que significa "ano horrível" em latim.
Completando quarenta anos de trono, o reinado de Elizabeth II foi marcado por escândalos, divórcios e holofotes negativos para a família real em 1992. Ano de turbulência pessoal e familiar para a realeza britânica foi retratado na série alvo de duras críticas de uma amiga da monarca.
A primeira polêmica para a coroa britânica aconteceu quando o duque e a duquesa de York resolveram se separar. A informação foi anunciada pelo Palácio de Buckingham, marcando o fim da relação de seis anos entre Andrew e Sarah, pais de Beatrice e Eugenie.
Após o divórcio que parecia amigável perto do que aconteceu com Rei Charles III e princesa Diana, no entanto um escândalo estava prestes a explodir. O escândalo "chupar o dedo" de Sarah Ferguson estourou em agosto daquele ano, quando o jornal Daily Mirror publicou imagens de Sarah com o empresário John Bryan.
Na publicação, era possível ver John dividindo um espaço íntimo com a duquesa de York, o que denominado como "chupar o dedo do pé". As fotos foram tiradas em uma vila em St. Tropez. O empresário tentou amenizar as consequências da publicação e disse que não estava chupando e sim beijando um dedo.
Após 16 anos de relação, a princesa Anne entrou para a história da realeza ao ser a primeira pessoa a se divorciar e conquistar a benção da rainha para viver um novo relacionamento. O anúncio da separação aconteceu depois de anos de uma relação distante, o que já era de conhecimento da realeza.
Mais tarde, Anne casou novamente com Sir Timothy Laurence. Diferente da princesa Margaret, que foi defendida por uma pessoa próxima da família real.
O livro de Andrew Morton sobre a princesa Diana fez o casamento em ruínas de Diana e Charles se tornar público. O autor do livro trabalhou como correspondente real e jornalista conhecido. Sabemos que não teria acesso livre à Diana, Andrew fez amizade com um amigo íntimo da princesa, o Dr. James Colthurst.
Insatisfeita por não ter seus questionamentos atendidos pela realeza e do caso amoroso entre Charles e Camilla Parker, que teve a relação com os filhos de William revelada, a princesa decidiu gravar entrevistas para Andrew, que mais tarde lançou "Diana: Her True Story".
Na obra, Diana revela que desenvolveu bulimia após o noivado com Charles e descobriu o caso dele com Camilla antes do inesquecível casamento dos dois. Porém, o que mais chocou o público foi quando Diana confessou cinco tentativas de suicídios. Mais tarde, Meghan Markle também revelou ter pensamentos suicidas ao entrar para a realeza.
Diana volta a ser o centro das atenções em agosto com o caso do "Squidgygate". Publicada pelo The Sun, a gravação dos pensamentos íntimos revelados ao amigo James Gilbey. O caso irritou Elizabeth II, que ordenou um inquérito sobre o vazamento das fitas, mas até os dias atuais a fonte não é confirmada.
Quatro dias antes de Elizabeth II, que teve a causa da morte revelada por um amigo, deixar o termo "Annus Horribilis" gravado na memória dos britânicos, um incêndio tomou conta do Castelo de Windsor. O fogo destruiu grande parte do castelo e colocou em risco peças de arte avaliadas em milhões.
O incêndio levou quinze horas para ser contido e foram gastos 40 milhões de euros em reparos, 70% desse valor foi pago pela própria rainha. A reforma obrigou Elizabeth a abrir o Palácio de Buckingham ao público porque iniciou um debate sobre a extensão dos gastos públicos para as necessidades da coroa pagos pelo governo.