Sophie Charlotte se reuniu com o elenco da equipe "Ilha de Ferro", nova série do Globoplay, para uma coletiva de imprensa no Teatro Riachuelo, centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (13). No evento, a atriz comentou sobre sua personagem e também se posicionou sobre a recente declaração polêmica de Silvio Santos para Claudia Leitte, mal-estar no qual famosas deram total apoio à cantora através das redes sociais. Em entrevista à imprensa, a mulher do ator Daniel de Oliveira demonstrou repúdio ao julgamento contra mulheres por suas roupas. "É muito forte a opressão de uma mulher e o que leva uma mulher a desenvolver problemas emocionais. A gente não pode perder isso de vista", alertou. Após episódio, a intérprete do hit "Baldin de Gelo" usou seus perfis para desabafar e defesa do marido, Márcio Pedreira.
Integrante do movimento "Mexeu com uma, Mexeu com todas" e mais "humanizada" após nascimento do primeiro filho, Sophie recordou também que isso aconteceu logo assim que saíram as primeiras imagens de sua personagem no seriado. "A gente está num momento muito de julgar o outro e esse personagem oferece isso de cara, uma boa bandeja para você julgar. Numa das primeiras fotos que saiu da personagem, foi replicado o nome, que era eu, na terceira vez que replicaram colocaram Leona, garota de programa. Isso é só um exemplo de como as pessoas são julgadas pela roupa que usam, pelo cabelo. E ela não é uma garota de programa", afirmou.
Em entrevista ao Purepeople, a jovem alemã explicou ainda o que a levou a aceitar fazer um papel tão forte: "Me interessa muito como mulher e como artista o que eu não entendo. A Leona, na leitura, me trouxe uma noção de abismo. Foi um processo muito rico de aprendizado e descoberta como ser-humano e esse é o ganho do espaço desse oficio. Acho a Leona interessante pelo contraponto que ela propõe do mar com a terra, os conflitos do isolamento inverso. Ela está sempre na loucura do abismo dela, mas em terra. Fui lendo e entendendo que para a Leona continuar naquela relação ela estava muito perto, o tempo todo, de um desespero. Esse foi primeiro norte, entender que ela é um fio desencapado. Busquei também no texto. Tem redemoinhos que a personagem vai se perdendo cada vez mais tentando se encontrar... Tive um apoio grande da Ana kfuri que me ajudou a sair um pouco do racional e trazer o corpo e a potência para sair do que eu já tinha".
(Apuração de Patrick Monteiro e texto de Rahabe Barros)