O julgamento de Daniel Alves deve começar nesta segunda-feira (5) mais de um ano após a prisão do jogador, acusado de abusar sexualmente de uma jovem então com 23 anos em boate da Espanha no penúltimo dia de 2022. Se nada mudar até lá, quase 30 pessoas serão ouvidas ao longo de três dias de tribunal com um forte tendência pela condenação do ex-atleta do São Paulo.
Após apresentar muitas versões diferentes, sem nunca ter admitido o crime de estupro, Daniel já teve pedidos de habeas corpus negados e agora sofreu nova derrota. Tanto a defesa do jogador de 40 anos como o Ministério Público queriam que o julgamento ocorre a portas fechadas, mas juízes de Madrid foram contra, diz o jornal "O Globo".
O tribunal só irá transcorrer dessa forma quando a jovem que acusa Daniel de estupro for ouvida. A intenção é preservar a identidade da mulher, embora nome e fotos dela tenham sido vazados pela mãe do jogador no começo deste ano.
A imprensa poderá entrar no salão do júri, contudo estão proibidas gravações e fotos tanto da jovem como de quem testemunhar a seu favor. Áudios e imagens que vierem a ser captados da vítima durante o julgamento vão passar por um tratamento para impedir a sua identificação.
Também por isso, a denunciante será chamada apenas dessa forma seja por peritos, advogados e testemunhas, uma vez que manifestou preocupação com sua identidade ser revelada assim que denunciou Daniel Alves à polícia no último dia de 2022.
Temendo a condenação máxima, a defesa de Daniel vem agindo para tentar reduzir essa pena, inclusive fazendo uso de um documento perdido. Por sua vez, a mulher do camisa 13 da Seleção na Copa do Mundo, Joana Sanz deve ter papel importante no tribunal.