Se na novela ele não faz nada, mas sofre com o ciúme de Aída (Natália do Vale), fora da ficção a situação é bem diferente. Em entrevista ao colunista Leo Dias, do jornal carioca "O Dia", Oscar Magrini - o coronel Nunes em "Salve Jorge" - abriu o coração e falou sobre vida pessoal, carreira e como anda o assédio das fãs.
Com 51 anos, Oscar apareceu recentemente de sunga nas areias da praia e mostrou que está em forma. Mas não é bem a falta de roupa que anda agradando às mulheres nas ruas, não. É só o ator vestir a farda do militar, que o mulherio já vai ao delírio. "Elas dizem muito: 'Ah, esse coronel lá em casa!'", brincou ele.
"Pior seria se eu passasse e ninguém falasse nada", contou, deixando claro que um elogio é sempre bem vindo. E completou, entregando a mulherada: "As mulheres são descaradas! Elas pedem para eu apertá-las na hora de tirar a foto, mas são os maridos que fotografam e elas me pedem para agarrar". Oscar acredita que não só o físico que atrai as moças, mas por Nunes ser um cara íntegro, agrada mais ao sexo feminino. E não deixa de concordar: "Acho que os homens de farda povoam o imaginário feminino mesmo".
Se fora da novela ele é assediado por tantas mulheres, na trama ele se divide entre duas. Uma é Aída, uma mulher bonita, mas insegura e ciumenta, que vive atrás do coronel, por achar que ele está sempre a traindo. "Aída é uma louca que tem ciúme até da sua própria sombra", afirma. E opina sobre o desfecho amoroso com a personagem. "Acho difícil que um relacionamento com uma pessoa como a Aída dê certo porque ela é muito ciumenta".
A outra mulher em questão é Wanda (Totia Meirelles), de um relacionamento do passado. "Mas veja só que situação! Nunes é um homem corretíssimo, apaixonado por uma assassina". Apesar do amor do personagem, ele não acredita em uma mudança da vilã. "A Wanda que ele conhece é aquela que ele deixou em Botucatu. E que não existe mais. Acredito que o Nunes ainda vai ter uma grande decepção com ela", opina.
Deixando as "loucas" para Nunes e dando lugar ao aconchego da casa de Oscar, ele fala da importância de sua família e como faz para viver bem com a mulher, a atriz Matilde Mastrangi, com quem é casado há mais de 20 anos. "Diálogo é fundamental. E também ter muito respeito, carinho, dedicação. Eu adoro estar casado. Adoro ter uma mulher e uma filha me esperando em casa quando eu saio do trabalho", conta.
Matilde era conhecida pelos filmes picantes da década de 1970 e o ator confessa que, apesar de ser oito anos mais novo do que a atual mulher, na época sentia uma grande atração por ela e via seus filmes escondido, já que não tinha idade para tal.
"Ela era uma mulher gostosa, um símbolo sexual. Fazia pornochanchadas e posou para a 'Playboy'. Eu não tinha idade para ver os filmes que ela fazia, mas a assistia escondido porque meu pai tinha uma locadora", contou.
Oscar afirma não sentir ciúme da filha, Isabella, de 21 anos. "Eu acho ciúme um sentimento ruim. E o crescimento dos filhos em um lar evangélico é diferente", explica ele, que se intitula como cristão e lê a Bíblia como se fosse um "manual de fabricante".
O ator conta que fazer o papel de um coronel não é fácil e entrega que até hoje faz laboratório para o personagem. "Se a gente fizer errado, chega um memorando com reclamação", conta. E, assim como Giovanna Antonelli, a delegada da trama, recebe elogios da vida real. "Tem um coronel de Brasília que sempre me telefona para elogiar a impostação da voz e o jeito do personagem", orgulha-se.
Por morar em Atibaia, interior de São Paulo, e as gravações da novela serem no Rio, Oscar conta que prefere aproveitar os dias de folga com a família. "Estou há 22 dias sem ver a Matilde", conta. E afirma que o feriado prolongado do Carnaval está reservado para a mulher e a filha: "Se eu não estiver gravando, vou para Atibaia ficar com a minha família. É assim que eu faço há anos".