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[ALERTA: o texto a seguir aborda assuntos relacionados a saúde mental e pode despertar gatilhos. Se você ou uma pessoa próxima precisa de ajuda, procure o Centro de Valorização à Vida, disponível 24 horas pelo telefone 188, ou o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da sua região]
O pastor Flávio Amaral, da Igreja Evangélica Ministério Libertos por Deus, causou polêmica nas redes sociais após um discurso sobre a depressão do Padre Fábio de Melo. O líder evangélico associou a doença do católico a uma “homossexualidade reprimida”.
“Seja mais específico, porque eu acredito que o senhor está louco para sair do armário. Eu acredito sim, muita gente já sabe, já pensa, já fala”, apontou o pastor, que prosseguiu de forma mais violenta: “Padre com depressão por causa de sua vida sexual? Porque não saiu do armário, porque não casou com uma mulher, ou porque não tem um homem, ou porque não faz sexo?”.
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Por fim, o pastor ignorou que depressão é uma doença e sugeriu: “Querido, seja qual for o motivo, este aqui [a bíblia] é o remédio para qualquer depressão”.
Flávio afirma ser uma “ex-travesti” e, hoje, oferece processos de “cura gay” em sua igreja. Em 2023, a deputada Erika Hilton apresentou projeto para equiparar os “tratamentos de conversão sexual” ao crime de tortura. A PL foi anunciada após a morte de Karol Eller, influenciadora bolsonarista que tentava “renunciar à homossexualidade” enquanto frequentava uma igreja evangélica.
Flávio ainda é investigado pelo Ministério Público (MP), coincidentemente, por uma denúncia de Erika em conjunto com a vereadora Amanda Paschoal. Uma jovem trans, que frequentava a igreja do pastor, atentou contra a própria vida em setembro de 2023.