O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas em todo o mundo e, dentre as diversas regiões do corpo, as partes íntimas femininas se destacam. Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na tradução em inglês da sigla), as mulheres brasileiras são as que mais procuram esse tipo de procedimento em todo o mundo.
A questão é polêmica e tem diferentes ângulos: ao mesmo tempo em que está ligada diretamente ao bem-estar feminino, podendo afetar positivamente a vida sexual da mulher, também faz questionar a necessidade de um padrão para rejuvenescer a vagina.
O ginecologista Rodrigo Ferrarese responde, a seguir, as principais dúvidas sobre a ninfoplastia, também conhecida como cirurgia nos pequenos lábios.
De acordo com o médico, a cirurgia geralmente é realizada por insatisfações em dois aspectos diferentes. "Pelo tamanho excessivo (hipertrofia) ou por uma assimetria, quando um pequeno lábio é diferente do outro", explica.
"Há ainda casos nos quais a paciente relata dor durante a penetração. Isso acontece devido à invaginação dos pequenos lábios com a entrada do pênis, podendo acontecer também quando utilizam alguma roupa mais justa ou apertada", acrescenta o médico.
O procedimento cirúrgico é realizado em ambiente hospitalar e a paciente é anestesiada com raquianestesia ou anestesia local e sedação, a depender de cada caso. "O procedimento costuma durar de 30 a 75 minutos, de acordo com a correção necessária", conta o especialista.
Rodrigo aponta que a literatura médica não estabelece um padrão estético para essa parte do corpo. "Sua forma e tamanho são preferências inteiramente pessoais e isso deve ser considerado para a ninfoplastia", destaca.
Em sua experiência na harmonização íntima, o médico aponta: "As mulheres geralmente preferem que pouco ou nenhum dos pequenos lábios sejam visíveis quando estão de pé. As pacientes também tendem a optar por lábios menores não mais longos do que os lábios maiores".
Dr. Rodrigo aponta ainda que, como em qualquer cirurgia, a ninfoplastia pode ser associada a riscos. "No entanto, tratam-se de riscos menores de sangramento e infecção pós-operatória", conta.
O médico indica que, de modo geral, a sensação na genitália não é alterada após a cirurgia. "Ao retomar a atividade sexual, certas mulheres podem sentir sensibilidade temporária durante a penetração", pondera.
Ah, e sempre vale lembrar: para maiores informações, busque um especialista de sua confiança e explique as suas necessidades pessoais.