Silvio Santos, um dos homens mais ricos do Brasil, foi sepultado no último domingo (18), vítima de uma broncopneumonia, e sempre teve as mulheres próximas de si: tanto as suas 'colegas de trabalho', na plateia, quanto as suas seis filhas herdeiras: Patrícia, Cíntia, Rebeca, Renata, Silva e Daniela. Íris Abravanel foi a sua segunda esposa.
O Senor Abravanel já estava em seu 2º matrimônio. Ele conheceu a 1ª esposa, Maria Aparecida Vieira Abravanel, na pensão da mãe dela, em Bela Vista, bairro do centro de São Paulo, onde morou por um tempo quando chegou do Rio de Janeiro. Ela era telefonista, da Rádio Nacional.
Silvio era conhecido por não gostar de dar detalhes sobre seus relacionamentos, já que queria manter a "pinta de galã", e achava que expor o casamento, por exemplo, iria afastar essa ideia, ainda mais sendo uma personalidade muito conhecida da televisão.
O relacionamento dos dois durou cerca de 15 anos, entre os anos de 1962 e 1977. Ele sempre quis preservar os detalhes, e chegou a falar em um de seus programas, em 1988, que se arrependia muito de ter mantido tanto segredo:
"Quando lembro que eu dizia ser solteiro, que eu escondia as minhas filhas para poder ser o galã, quando eu falo com a minha consciência, acho que é uma das coisas imperdoáveis que eu fiz, diante da minha imaturidade.", disse Silvio.
O relacionamento de Silvio Santos com Cidinha teve um obstáculo no meio do caminho: a esposa descobriu um câncer no estômago, no início dos anos 1970.
E é claro, Silvio não mediu esforços para cuidar da esposa: Cintia, sua filha, contou no documentário "Silvio Santos - Vale mais do que dinheiro", que o pai chegou a custear o tratamento da mãe até em Nova Iorque, além de prestar todo o auxílio que ela precisava, em casa, nos seus últimos dias de vida:
"Lembro dele carregando ela no colo para sentar na mesa para comer. Ele cuidou da minha mãe de verdade.", falou Cíntia. Cidinha veio à óbito em 1977, ainda muito jovem, com apenas 39 anos.