Depois de Taís Araújo afirmar que não só sofre racismo, como teme pelo preconceito pelo qual seus filhos ainda vão passar, Marieta Severo também abordou o assunto em entrevista ao jornal "Extra" deste sábado (25). "Quando minha filha [Helena] se casou com aquele cara incrível que é o [Carlinhos] Brown, eu me assustei com os olhares tortos de gente muito próxima. Hoje, dói saber que Chiquinho [Chico Brown, de 21 anos, cantor e compositor], meu neto, leva tapa de segurança, passa por situações constrangedoras só por ser negro", desabafou a artista. E completou: "Temos que ser inclementes com o racismo, não dá para relativizar!".
Em cena, Marieta Severo, na pele de sua personagem, Sophia, destila veneno através de falas extremamente preconceituosas a respeito da filha, Estela (vivida por Juliana Caldas), que é anã. E apesar de sofrer e até chorar com as cenas mais pesadas, Marieta explica que acha muito importante o autor da trama das nove, Walcyr Carrasco, abordar esses temas. "Acho uma maravilha Walcyr estar tocando em feridas tão expostas, mas que muita gente finge não ver. A violência contra a mulher é outra temática importantíssima em evidência na novela. A agressão não necessariamente é física, pode ser psicológica. E está em toda parte", pontuou a atriz, que dispensa o uso de botox.
Convidado para participar do programa "Sem Censura", da TV Brasil, Pedro Cardoso foi até a emissora, mas chegando lá se recusou a participar da atração e abandonou o estúdio ao vivo. Mas não sem antes se explicar. Além de citar que grande parte dos funcionários da instituição pública Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estavam em greve, o ator, famoso pelo papel do taxista Agostinho Carrara, em "A Grande Família", mostrou repúdio por uma publicação feita em uma rede social por Laerte Rimoli, presidente da EBC, que debochou do discurso de Taís Araújo contra o racismo. "O que eu soube também quando cheguei aqui é que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha em que a presença do sangue africano é visível na pele. Porque o sangue africano está presente em todos nós e, em alguns de nós, está presente também na pele. Mas em todos nós ele está. Então, se esta empresa, que é casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar do assunto que eu vim falar aqui", disse Pedro, visivelmente exaltado.