Mariah Carey recebeu mais de US$ 1 milhão para se apresentar para o presidente angolano José Eduardo dos Santos e sua família no último fim de semana, segundo o "New York Post". "Estou contente de estar aqui nesta sala e partilhar este espetáculo com o presidente de Angola", afirmou Mariah no evento, de acordo com a Fundação dos Direitos Humanos.
Mas o show se tornou motivo de polêmica. O grupo criticou o fato de a cantora ter aceitado pagamento de um ditador. "Mariah parece não cansa de receber dinheiro de ditadores", ironizou Thor Halvorssen, presidente da ONG. Ela já tinha sido criticada por ter cantado para o antigo ditador líbio, Moammar Khadaffi. Na ocasião, ela chegou pedir desculpas publicamente.
Está foi o segundo show de Mariah em Luanda. A primeira, no estádio dos Coqueiros. Para o ditador, neste fim de semana, ela cantou durante duas horas, em um evento de gala para angariação de fundos para a Cruz Vermelha da Angola.
"É um triste espetáculo de um artista internacional comprado por uma Estado de polícia cruel para enterter e encobrir a família da corrupção que já roubou bilhões em uma fortuna obtida de forma desonesta enquanto a maioria da população angolana vive com menos de US$ 2 por dia", disse o presidente da Fundação dos Direitos Humanos.
Mariah não foi a única que passou pela situação. Jennifer Lopez recebeu cerca de R$ 3 milhões para cantar na festa de aniversário do ditador Gurbanguly Berdimuhamedow, líder do Turcomenistão, um país da Ásia Central. Já Beyoncé ganhou cerca de US$ 2 milhões para se apresentar em um show particular em um evento organizado pelo filho do ditador líbio Muammar Gaddafi, em 2010. Após as críticas, ela doou o cachê para as vítimas do terremoto no Haiti.