Sempre reservada em relação à vida pessoal, Leandra Leal compartilhou em sua conta de Instagram a comemoração pelos 2 anos de adoção da filha, Julia. "A tradição da Festa da Família começou quando a nossa filha chegou e nossa família se transformou naquele dia", iniciou a atriz, clicada com a pequena durante ensaio de bloco de carnaval. A filha de Ângela Leal recordou ainda o longo período que esperaram pela guarda da menina. "Eu e o Ale (Youssef, marido) ficamos três anos e oito meses nesse processo (1 ano para o cadastro e 2 anos e 8 meses na fila da adoção). Confiantes, ansiosos, com e sem esperança, medrosos, excitados", enumerou.
Em outro momento, Leandra contou de onde veio a ideia da comemoração familiar. "Num desses livros que eu li (durante o processo de adoção), uma família comemorava todo ano, no dia do encontro, a Festa da Família. E como a gente gosta de festa, abraçamos essa tradição. Não é aniversário, ninguém renasceu naquele dia, a gente se encontrou. É festa para se comemorar estar junto, para comemorar esse amor incondicional, escolhido. Não é festa para dizer parabéns ou feliz data, e sim para dizer eu te amo", explicou a atriz engajada em causas contra a homofobia. "A Festa da Família foi muito especial, mesmo. Bem pequena. Eu não gosto muito de expor a vida da minha família, mas deu vontade de compartilhar para as outras famílias que também escolheram encontrar seus filhos dessa forma linda, milagrosa e louca, a maravilhosa Festa da Família!", completou.
Ainda na sua postagem, Leandra, que também luta contra o preconceito racial, frisou que em nenhum momento pensou em desistir. "Eu tinha uma fé nesse processo todo, uma intuição que tínhamos que ficar nessa fila, que a nossa filha tb estava nessa fila e que a gente daria match. E que tudo daria certo. Eu confiei na vida. E não me arrependo dessa escolha, deu tudo mais que certo", assegurou ela, que se realizou com a maternidade.
Conhecida por suas opiniões de impacto, Leandra se posicionou à favor da mulher ter liberdade em relação ao aborto. "O direito da mulher ao seu corpo é radical. Não dá para uma comissão de 18 homens dizer se a mulher pode ou não ter direito ao aborto", considerou, apontando ainda o papel do sexo oposto no movimento feminista. "O grande papel do homem agora é escutar", afirmou.
(Por Guilherme Guidorizzi)