Joanna Maranhão prestou queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (12). A nadadora foi vítima de ataques na web após ser eliminada na prova dos 200m borboleta na Olimpíada do Rio, no começo da semana. Os responsáveis podem responder por injúria, difamação e ameaça. Recentemente, Preta Gil foi alvo de comentários preconceituosos e apresentou queixa no mesmo lugar.
"Não sou a primeira nem serei a última a passar por isso. Tem coisas que não escolhemos passar. No momento em que optei por me posicionar politicamente, por ser uma pessoa pública, me preparei para questionamentos, não para o que vem acontecendo. Quando o questionamento parte para a agressão, para a violência, é preciso ir à Justiça, que é o que estamos fazendo", declarou a atleta ao jornal "Extra". Na mesma prova da modalidade, mas no estilo medley, Michael Phelps ganhou a sua 22ª medalha de ouro nos Jogos.
'Questão de Justiça', explicou atleta
Joanna afirmou ainda que vai tomar as medidas cabíveis sem buscar por vingança. "Acredito que serão punidos, mas não existe algum tipo de rancor. É uma questão de Justiça mesmo. Não quero que as pessoas sejam inibidas a se posicionar politicamente por que existe um grupo de pessoas que acredita que a internet é um terreno impune, porque não é", disse.
A nadadora contou ainda o motivo de não ter prestado queixa assim que sofreu os ataques na web. "Enquanto atleta do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), eu tinha que esperar até o dia 11, quando saí da Vila. Não queria misturar as coisas, chegar aqui com o uniforme da delegação. Fui agredida enquanto atleta, mas não porque estavam questionando meu nível atlético, mas pelo meu posicionamento político", assegurou.
De acordo com Fabiano Machado, advogado da nadadora, ao serem identificados, os responsáveis pelos ataques serão processados por danos morais. E alguns desses, segundo a delegada Daniela Terra, já foram identificados. A denúncia deve ocorrer na semana que vem.
Jade Barbosa tranquilizou fãs após lesão no solo
Já na ginástica artística, o Brasil não conquistou nenhuma medalha nas finais por equipe e no individual geral. Com Flavia Saraiva como novo xodó da modalidade, o país viu Jade Barbosa sair de cadeira de rodas enquanto disputava as final individual geral. Mas a atleta tranquilizou os admiradores. "Daqui a pouco já estou de volta pra fazer o que eu mais amo. Obrigado pela torcida!", disse em uma rede social a ginasta conhecida também pela boa forma.
(Por Guilherme Guidorizzi)