Preta Gil foi alvo de ataques racistas em sua página no Facebook e, depois de comentar a situação nas redes sociais, decidiu prestar queixa na Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI), na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (26). No local, a artista chegou acompanhada do marido, Rodrigo Godoy, com quem está casada há um ano e dois meses, e da advogada e do empresário.
"Vim aqui prestar a denúncia. E eles vão ser investigados. A delegada disse que hoje é possível achar essas pessoas. A maioria parece ser de jovens e adolescentes. E isso me deixa mais preocupada e triste porque a gente vê a violência instaurada hoje no mundo e como as redes sociais podem ser usadas de uma forma tão equivocada pelas pessoas", explicou a avó de Sol de Maria, homenageada pelo bisavô, Gilberto Gil.
A cantora diferenciou ainda perfis de "haters" e os responsáveis pelo ataque racista. "Havia xingamentos com hashtag. Eles disseram que agora eu teria que aturá-los. Acho que você tem que denunciar. Eu convivo com os 'haters', mas nunca houve algo tão grave e nunca foi organizado com um monte de uma vez só", explicou Preta, que já declarou excluir mais de 50 mil seguidores por mês.
Na entrevista, Preta lembrou ainda de outros casos de racismo, como o da cantora Ludmilla em junho deste ano. "Outras mulheres que sofreram isso são minhas amigas estiveram aqui e fomos fortes suficientes para estarmos aqui, denunciar e correr atrás dos nossos direitos. E vim principalmente para incentivar quem não tem visibilidade da mídia e sofre isso diariamente, não só virtualmente, mas verbalmente".
(Por Marilise Gomes)