Alvo de fortes ataques por foto com a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, Jojo Todynho voltou a se pronunciar e afirmou valorizar tanto a liberdade como a segurança nas propostas dos partidos políticos da direita. No final de semana, a funkeira chegou a anunciar candidatura eleitoral depois de retirar uma música voltada à comunidade LGBT+ de sua "playlist".
"Sempre acreditei que minha vida e meus valores são mais importantes que qualquer rótulo político. Não me sinto confortável em ser colocada em uma caixa por ser negra e mulher. A minha escolha política vem do que eu vejo como as melhores soluções para o Brasil", iniciou à revista "Oeste".
"Valorizo a liberdade, a segurança, e encontrei essas prioridades alinhadas com as propostas da direita. A política não é sobre seguir um padrão imposto por outros. Não é sobre romper barreiras, é sobre seguir o que eu realmente acredito e o que acho que vai ser melhor para o nosso país", prosseguiu Jojo, que havia negado um aproveitamento da comunidade LGBT+.
Na entrevista, a intérprete de "Que Tiro Foi Esse?" afirmou ter perdido pessoas da família para a violência e conhecidos para o crime, além de ter visto a fome e a miséria. A funkeira recordou ainda ter exercido várias profissões antes da fama, como cuidadora e vendedora de picolé. Por conta da opção política, que dividiu famosos há dois anos, Jojo sofreu ataques na web, mas ponderou.
"A quantidade de apoio que estou recebendo tem sido muito maior. Mesmo com algumas pessoas ofendendo a mim e até minha família (...). Na minha vida toda, sempre enfrentei 'hate'. E não será agora que vou desanimar. Acredito na mudança e ninguém vai me calar", frisou sem avaliar os governos Bolsonaro e Lula, este que pode promover a volta do horário de verão após cinco anos.
Questionada sobre os grandes problemas do país, Jojo não deixou de responder. "Desigualdade social, violência e corrupção (...). Precisamos mudar urgente", apontou ela, denunciada na Justiça após briga em faculdade.