Cid Moreira morreu na manhã desta quinta-feira (03), aos 97 anos. Os últimos anos da vida do âncora foram marcados por uma polêmica familiar que envolve sua fortuna multimilionária e até acusações de cárcere privado. Os personagens são a viúva, Fátima Sampaio, e os filhos do apresentador, Rodrigo e Roger. Sua terceira filha, Jaciara, faleceu em 2020.
Segundo informações da revista Veja, Cid faturou R$ 60 milhões só com a venda de 33 milhões de cópias da sua famosa gravação da Bíblia Sagrada. No entanto, mais da metade dessa fortuna teria sido desviada por Fátima. É o que acusam os herdeiros do apresentador.
Em 2021, Rodrigo e Roger entraram na Justiça com acusações de que Fátima estaria dilapidando o patrimônio de Cid. Eles pediram a investigação da madrasta por se apoderar "de forma ilegal e abusiva" dos bens do global. Os herdeiros ainda a acusavam de se aproveitar da "senilidade, idade e doença de Cid".
Os filhos de Cid acusam Fátima de transferir mais de R$ 40 milhões para contas pessoais e de parentes, além de vender 11 dos 18 imóveis de propriedade dele. Eles ainda apontaram que o pai vivia em cárcere privado.
Na época, Cid afirmou ter comprovado sua sanidade através de "pareceres de profissionais da saúde". Não se tem atualizações recentes do caso, mas, em 2022, o locutor descartava qualquer chance de reconciliação.
Roger foi adotado por Cid quando tinha 20 anos. Ele é sobrinho da primeira mulher do âncora e se aproximou bastante do casal depois de passar férias na casa da família. O global, no entanto, chegou a declarar nos últimos anos que "foi um engano adotar" o rapaz, hoje, com 45 anos. "Você continua sendo meu filho adotivo porque não consegui reverter a adoção", disse ele.
Segundo informações do Splash, portal do UOL, Roger abriu um processo contra Cid por homofobia e danos morais. Ele afirma que a mudança na relação começou depois que ele revelou que é gay. Em 2024, ele veio a público acusar o pai de estupro durante uma década. O apresentador negou tudo.
Rodrigo também afirma que viveu uma relação muito distante com o pai desde a infância. Ele processou Cid por abandono afetivo, mas perdeu a ação.