Característica marcante das pessoas com a pele bem branca e, principalmente, dos ruivos, as sardas não costumam fazer mal a saúde e, diferentemente do melasma, não são consideradas uma doença de pele. As famosas pintinhas que costumam gerar mais charme à beleza, devem ser controladas para não evoluírem e se transformarem em um problema. Em entrevista para o Purepeople, a dermatologista Lilia Guadanhim esclarece as marcas presentes no rosto da modelo Mariana Goldfarb. "As sardas por si só não são nocivas, no entanto elas indicam exposição solar desprotegida ou excessiva", explica a especialista.
Primeiro, é importante entender o que elas são e em qual região normalmente aparecem como a profissional revela: "Sardas ou efélides são pequenas manchas de coloração castanha que acontecem em pessoas de pele clara e estão presentes em áreas mais expostas como colo e rosto, principalmente nariz e maçãs do rosto. Em geral se inicia na adolescência e é mais intenso na vida adulta." As sardas podem ser passadas de mães para filhas, mas aparecem com uma ajudinha externa, que também é responsável pelo ressecamento do cabelo. "Apesar de terem caráter hereditário, elas nunca estão presentes ao nascimento, uma vez que acontecem devido à exposição solar", comenta Lilia ao acrescentar: "Pessoas de pele muito sensível e, principalmente pacientes ruivos, podem apresentar sardas nos braços, costas e pernas."
A utilização do protetor é indispensável para todos, mas, essencialmente, para quem herdou as manchas. "Como indicam exposição solar desprotegida e excessiva, servem de puxão de orelha. Dessa forma, apontam para a necessidade de melhorar a proteção ao sol sendo fundamental o uso diário e regular de filtro solar", orienta a dermatologista ao desenvolver: "O melhor preventivo contra as sardas é o uso diário e regular de filtro solar! Esse hábito deve ter inicio aos 6 meses de vida e ser mantido por toda a vida. Com FPS mínimo de 30 e amplo espectro de proteção, o que inclui a radiação UVA, pode ser um com cor de base para otimizar a proteção contra a luz visível." Para quem tem muitas pintinhas espalhadas por todo o corpo, a especialista dá outra solução que envolve peças de roupas: "O uso de proteção física, como chapéus de aba larga, óculos escuros e guarda sóis também são bons aliados."
Se a ideia é retirar todas as sardas, Lilia indica: "Existem muitos tratamentos possíveis! Casos mais leves podem apresentar melhora com uso de cremes com ativos clareadores, como o ácido retinoico." Já para quem tem pintas em excesso, a dermatologista recomenda: "Além disso, tratamentos como a luz intensa pulsada, peelings químicos e lasers que tenham a melanina como alvo podem ser indicados."
(Por Fernanda Casagrande)