A repercussão em torno do nome de Rachel Sheherazade continua rendendo para o SBT. Na noite desta quarta-feira (12), a jornalista participou do "The Noite", programa de entrevistas comandado por Danilo Gentili, e deixou a emissora em primeiro lugar na Grande São Paulo, por 30 minutos, empatada com a Globo.
No consolidado geral, a atração ficou na vice-liderança isolada de audiência, com 7 pontos e 10 de pico. A Globo registrou 8 pontos. Na comparação com o "Agora é Tarde", da Band, que Gentili apresentava e, agora, é comandado por Rafinha Bastos, o "The Noite" ganhou com folga. Entre 0h14 e 0h21, o SBT marcou 9 pontos contra 1.
No programa de entrevistas, Rachel Sheherazade, conhecida por suas opiniões fortes e polêmicas, mostrou um lado mais descontraído. Fã de rock, principalmente da banda Iron Maiden, a âncora do "SBT Brasil" cantou o hit "Nós Vamos Invadir Sua Praia" com a banda Ultraje a Rigor.
"Quando é que eu poderia imaginar que eu cantaria com o Roger?", disse ela, surpresa. "Quando eu era criança, queria ser roqueria. Queria ter o cabelo do Bruce Dickinson (vocalista do Iron Maiden). Eu era uma menina quietinha, caladinha, não falava nada", relembrou.
Polêmica no ar
Sobre a polêmica envolvendo um menor infrator que foi preso a um poste no Rio de Janeiro por um grupo de justiceiros, Rachel também reafirmou sua posição.
Por causa da opinião emitida no "SBT Brasil", lançando a campanha "Adote um bandido", a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) fez uma representação contra a jornalista junto ao Ministério Público Federal. A parlamentar solicitou uma investigação para comprovar o crime de apologia ao crime.
"Estamos em prévias de eleições e a intolerância costuma ficar mais forte nesta época. Existe uma tentativa de intimidação da opinião e acho que temos que lutar contra isso. Censura nunca mais! Não sou a única a sentir isso. Outros colegas com opinião parecida sofrem o mesmo', disse Rachel a Gentili.
Ruído de informação
No "SBT Brasil", a jornalista disse que a atitude do grupo de justiceiros no Rio de Janeiro era "compreensível". "No país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes, que arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível. O Estado é omisso, a polícia é desmoralizada, a Justiça é falha. O que resta ao cidadão de bem que, ainda por cima, foi desarmado? Se defender, é claro", opinou ela no telejornal.
"As pessoas não compreenderam quando falei que é compreensível. Acho que o ruído de informação é compreensível. Os ataques mal intencionados para denegrir um profissional de imprensa que não são compreensíveis", disse Rachel a Danilo Gentili, no "The Noite".
"Temos instituições sólidas no Brasil, polícia e um poder judiciário. Não podemos fazer justiça com as próprias mãos. A autoridade policial tem o dever de prender uma pessoa em flagrante, mas o cidadão brasileiro também tem o direito de prendê-la. Isso está no Código Penal. Disse prender, não espancar", ressaltou.