Há menos de dois meses de dar à luz, Dira Paes saiu de casa na noite desta segunda-feira (14) por uma causa especial. A atriz, que é uma das diretoras do Movimento Humanos Direitos (MHuD) ao lado de Camila Pitanga, carregou o filho caçula, Martim, para o Prêmio João Canuto de Direitos Humanos, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro. O menino, que completa dois meses de vida no próximo dia 26 e já vem encantando a atriz a cada dia, aparece em uma das fotos mamando nos bastidores. Dira já é mãe de Inácio, de 7 anos, fruto de seu casamento com o diretor de fotografia Pablo Baião.
A premiação é destinada às pessoas e entidades que mais se destacaram na luta pelos direitos humanos ao longo de 2015 e 2014. Os músicos Zé Renato e Rodrigo Maranhão estavam entre os convidados e se apresentaram ao fim da cerimônia. Flavio Canto, que assumiu recentemente não estar mais solteiro, foi homenageado pelo seu trabalho com o Instituto Reação. o diretor de fotografia Pablo Baião, e os dois já são pais de Inácio, de 7 anos.
Recém-chegada de uma viagem romântica com o namorado, o ator Igor Angelkorte, a nova Embaixadora da Boa Vontade da ONU que vai protagonizar a novela "Velho Chico" como par de Domingos Montagner entregou alguns prêmios durante a noite. E no palco falou sobre a emoção de promover o evento.
Camila Pitanga relembra acontecimentos emblemáticos ao longo do ano
"O encontro de hoje marca o fim do calendário do MHuD no ano de 2015. Um ano que veio marcado pela posse de uma das composições mais conservadoras da história do Congresso Nacional, em que a maioria da população e alguns de seus representantes entenderam ser melhor para o país reduzir a idade dos infratores e serem punidos com leis equiparadas a dos adultos, em que os fins justificaram os mais imorais e ilegais meios e agentes. Um ano em que vimos o mundo virar ou tentar virar as costas para os migrantes de zonas de guerra, em que Mariana foi jogada na lama. Uma tragédia planetária", iniciou Camila.
"Um ano que o vimos o Brasil não parar diante do assassinato torpe de cinco jovens negros, que traz uma ameaça de retrocesso em nossas conquistas legislativas contra o trabalho escravo. E olhando assim, de modo frio, parece um ano que nos apequenou. Mas não. 2015 também é o em que comemoramos 60 anos do dia em que a Rosa Não Se Levantou. Rosa Parks, em um gesto iluminado, agigantou a força dos irmãos de direitos. Negros ou não. Aqueles que viam a injustiça. Com um único gesto, essa brava mulher negra mudou uma história", destacou a atriz durante o seu discurso.
A artista ainda destacou o movimento feminista que ganhou voz durante o ano: "No Brasil, vimos este ano mulheres como Rosa, que trouxeram luz a temas delicados como assédio, quando brigaram pelo direito legítimo e intocável de decidir sobre as regras de seu corpo. Mulheres que se mobilizaram inclusive contra o presidente da Câmara Eduardo Cunha e contra todos os retrocessos que aquela casa tenta nos impor. Em 2015 os jovens de São Paulo ocuparam escolas dando uma aula de cidadania".
Em seguida, ela destacou os nomes homenageados durante o evento, como Antônio Canuto, Dalila Figueiredo, Dinael Cardoso, Flávio Canto, Mãe Beata, Márcia Albernaz Miranda, Serviço Pastoral dos Migrantes e Val Schneider.