No Carnaval de 2014, Christiane Torloni foi rainha de bateria da Grande Rio e ouviu muitas críticas por não saber sambar. Os comentários vindos da internet não abalaram a atriz, na época. Em entrevista à revista "Caras" desta semana, ela contou como consegue lidar tão bem com esse tipo de situação e deu sua receita para encarar a vida com tranquilidade.
"Às vezes, me perguntam por que estou tão bem. Respondo que não tomo conta da vida dos outros, só da minha", respondeu ela, que, hoje em dia, por causa das redes sociais e das pessoas que opinam sem revelar sua verdadeira identidade, acaba levando uma vida mais restrita e discreta.
"Não é algo que só acontece com quem é artista. Com a internet todo mundo fica mais exposto. Eu, por exemplo, não saio mais para dançar... É chato isso", opinou Christiane, que viu seu nome "bombar" nas redes sociais com o episódio do "Hoje é dia de rock, bebê". "Sou uma pessoa do meu tempo, ou seja, aderi (à internet), mas de uma maneira coerente, sem tanta exposição".
'Respeito a passagem do tempo'
Aos 58 anos, Christiane mantém sua boa forma com caminhadas na orla do Rio de Janeiro. Segundo a atriz, a chegada da maturidade não a assusta. "Respeito a passagem do tempo na minha pele, por exemplo. As coisas estão acontecendo... Vejo, me acostumo, aceito e vamos tocando a vida", disse.
"Na minha profissão, por exemplo, às vezes, assisto às novelas do passado... Tanta gente não continuou a carreira... Fora os que infelizmente faleceram. Me sinto orgulhosa de nesses 40 anos (de carreira) continuar me burilando como a pedra rara que cada artista é, único e insubstituível", pontuou ela, atualmente na novela "Alto Astral", interpretando uma mulher que ainda fica abalada com um grande amor do passado.
'Não tiro nada de letra do que faço'
Como qualquer profissional, Christiane Torloni possui sucessos e fracassos na sua carreira. As derrotas, ela garante, não a deixam paralisada. "As frustrações são importantes. Um trabalho malsucedido, seja no cinema, teatro ou na televisão, não é motivo para desanimar. Você se empenha da mesma forma", avaliou.
"As coisas são muito maiores do que nós. Vou aprendendo com o tempo que não se controla tudo. Na verdade, nada. Só tenho de fazer muito bem o meu. Não dá para abandonar o barco", completou a atriz. "Não tiro nada de letra do que faço, não existe isso. Eu, mais que todos, miseravelmente, tenho de me superar a cada trabalho. A angústia está em mim".