Christiane Torloni estreou como rainha de bateria da Grande Rio no Carnaval deste ano mesmo já tendo desfilado muitas vezes pela escola. Usando uma fantasia de vagalume, a atriz inovou ao dançar valsa com o mestre dos ritmistas durante uma bossa. Mesmo reinando na Avenida, ela recebeu críticas de internautas, que disseram que a veterana não sabia sambar. Mas engana-se quem pensa que Christiane se importa com os comentários.
"Tenho uma blindagem magnífica para elas. Só leio coisas de quem tem autoridade para criticar. Se fosse ouvir tudo o que falam de mim, não teria a carreira que tenho e estaria vendendo sanduíche natural na praia", afirmou Christiane , em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S. Paulo" desta quarta-feira (5).
Sobre ter samba no pé, a atriz garante que não se importa em levar para a Avenida sua personalidade. "A rainha de bateria não conta ponto pra escola. Por isso, podem chamar personalidades e não cabrochas. Já participei de espetáculos de dança que foram aplaudidos de pé na Europa. Quem gostar gostou. Não me importo!", responde.
As escolas de samba do Rio de Janeiro têm rainhas de bateria de alto nível, mas Christiane se inspira em grandes divas do Carnaval para dar seu show na Sapucaí.
"Têm mulheres lindas, como a Juliana Alves. Ela é uma grande cabrocha, tem graça, leveza e é da comunidade. Acho isso lindo, mas sei que não sou assim. Bem que eu gostaria. Trago atitude para a escola. Me inspiro na Luiza Brunet e na Luma de Oliveira. Elas não vinham de comunidade, mas conseguiram deixar suas marcas", finaliza Christiane.
Antes de entrar na Avenida, a atriz passou por um sufoco ainda na concentração da Grande Rio. Ela percebeu que o seu cabelo, na verdade um aplique, estava preso na parte de trás da fantasia. Mas Christiane Torloni conseguiu resolver o problema sozinha e deu continuidade ao desfile da escola.