Após a fala do Secretário de Saúde sobre a definição de uma data para os desfiles das escolas de samba, os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro decidiram adiar o evento, que aconteceria em fevereiro. De acordo com a determinação de Ricardo Nunes (MDB) e Eduardo Paes (DEM), o Carnaval das agremiações será no feriado prolongado de Tiradentes, que começa dia 21 de abril.
A decisão conjunta foi divulgada após uma reunião virtual entre os dois prefeitos. Nela, eles levaram em consideração o aumento dos casos confirmados de ômicron nas cidades. Daniel Soranz, o Secretário de Saúde de SP, Edson Aparecido, e os presidentes das Ligas das Escolas de Samba também fizeram parte da decisão.
Após a reunião, as prefeituras divulgaram uma nota. "A decisão foi tomada em respeito ao atual quadro da pandemia de COVID-19 no Brasil e a necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional", disse o comunicado.
Apesar da polêmica sobre ter ou não desfile na Sapucaí, as escolas de samba continuam com os trabalhos a todo vapor nos Barracões das agremiações. Nas redes sociais, internautas questionaram o motivo de ter desfile, já que os casos de ômicron continuam aumentando.
"Aqui na Mangueira, todos os envolvidos com a produção do desfile no barracão estão trabalhando para que as alegorias e as fantasias estejam finalizadas no próximo dia 20 de fevereiro, independente do que os órgãos responsáveis decidam", explicou Leandro Vieira, carnavalesco da Mangueira, em conversa com o portal "G1".
No dia 4 de janeiro, Eduardo Paes anunciou o cancelamento do Carnaval de Rua com os tradicionais blocos do Rio de Janeiro. Segundo Eduardo Paes, para se ter os blocos de rua, seria preciso organizar a cidade com antecedência.
Com isso, alguns blocos pensaram em uma saída: realizar seus desfiles em espaços fechados. A alternativa ainda está sendo avaliada.