O Carnaval 2022 só acontece em fevereiro, mas, quatro meses antes, já tem folião fazendo as contas para tirar o atraso de quase dois anos de pandemia. Isso porque, ao todo, mais de 800 blocos se inscreveram para desfilar só em São Paulo. O número impressiona e pode gerar o maior Carnaval de rua do país, ultrapassando até mesmo o Rio de Janeiro, que já tem até artistas agendados.
Os cortejos se dividem entre a semana do Carnaval efetivamente e os fins de semana que antecedem e sucedem a festa oficial. A ideia de alguns é celebrar em dobro: por 2021 e 2022. As informações são da prefeitura, que contabilizou exatos 867 blocos. Esse número, aliás, deve ser alterado até fevereiro, já que muitos blocos chegam a desistir do desfile, enquanto outros se organizam para sair em mais de um dia.
Apesar do número, muitos municípios já vetaram completamente o Carnaval de rua, especialmente porque Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, já deixou claro que a festa deve receber 15 milhões de pessoas, mas não terá nenhum tipo de protocolo sanitário. O anúncio gerou apreensão.
Em termos comparativos, em 2020, a prefeitura da cidade recebeu 960 inscrições para blocos de rua, quase o dobro de 2019, que teve apenas 550 interessados. Vale lembrar que em nenhum desses carnavais a pandemia já tinha começado, o que torna o número atual, de 867 blocos, uma preocupação. As informações são do portal "G1".
Ao todo, 71 cidades disseram não à festa. Entre elas, Mogi das Cruzes, Suzano, Sorocaba, Taubaté e muitas outras. Nessa última, aliás, o município disse que não disponibilizará verba, mas permitiu que as organizações façam a festa por conta própria, o que gerou confusão. Veja a lista completa de cidades que negaram a festa no fim da matéria.
Ricardo Nunes, embora tenha garantido o Carnaval de Rua, ainda não terminou os preparativos para a festa. Prova disso é que ele já deixou claro seu desejo de criar um Comitê com o Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Recife para que as cinco cidades, as principais em termos de folia no país, possam se organizar e tomar as decisões de modo único.
São Paulo, Recife e o Rio já aprovaram a ideia. Essa última, aliás, já até organizou eventos de pré-Carnaval, com direito a anúncio de atrações no futuro camarote da Sapucaí.
Além de Mogi das Cruzes, Sorocaba, Taubaté e Suzano, também disseram não à folia: Altinópolis, Amparo, Barrinha, Borborema, Botucatu, Brodowski, Cabreúva, Caconde, Cajuru, Campo Limpo Paulista, Cássia dos Coqueiros, Cunha, Dobrada, Dumont, Franca, Guaíra, Guariba, Guatapará, Iacanga, Ibitinga, Itápolis, Itatiba, Itupeva, Jaboticabal, Jacareí, Jarinu, Jundiaí, Lins, Lucélia, Luís Antônio, Marília, Mairinque, Monte Alto, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Paraibuna, Pirassununga, Pitangueiras, Poá, Potirendaba, Pradópolis, Presidente Prudente, Rifaina, Roseira, Salesópolis, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santa Ernestina, Santa Isabel, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Caetano do Sul, São Joaquim da Barra, São Luiz do Paraitinga, São Simão, Taquaritinga, Ubatuba, Várzea Paulista, Espírito Santo do Turvo, Itapetininga, Louveira, Monte Alegre do Sul, Valinhos e Vinhedo.