Ana Maria Braga cutucou uma nova frase polêmica do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia do novo coronavírus na abertura do "Mais Você". Durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília, na terça-feira (11), Bolsonaro disparou ao comentar o período de isolamento social: "Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas (...) Lamento os mortos, lamento, mas todos nós vamos morrer um dia". A Covid-19 já matou mais de 162 mil pessoas no Brasil e infectou aproximadamente 5,7 milhões - vale lembrar que em maio, quando o número de óbitos bateu nos 8.500 mil William Bonner fez uma reflexão no "Jornal Nacional" sobre o número de vidas perdidas com a pandemia.
Nesta quarta, o matinal Globo foi aberto com "Alma Feminina", de Daniela Mercury, e a apresentadora após falar trechos da melodia deu a alfinetada em Bolsonaro. "Bom dia a todos aqui e ao país de maricas", iniciou. "Canto porque sou guerreira, tenho alma de mulher, sou de fé, sou brasileira e chego lá, se Deus quiser. Com essas palavras da música de Daniela Mercury, eu dou bom dia a todos aqui no 'Mais Você' e ao país de maricas. É um país de mulheres e homens guerreiros, brasileiros", prosseguiu Ana, que se curou de um terceiro câncer no pulmão.
Ana citou ainda os mortos por conta da Covid-19, doença que vitimou famosos como os atores Gésio Amadeu e Daisy Lúcidi. "E não custa lembrar que é um país que já perdeu 162 mil almas brasileiras por causa do coronavírus. Bom dia para você com fé de brasileiro", concluiu no seu "Pensamento do Dia" a artista ainda em luto pela morte de Tom Veiga, o Louro José. Confira abaixo!
Durante o lançamento de um programa voltado para o turismo interno, o presidente da República citou os efeitos da pandemia e do período de isolamento social, que dura oito meses embora com flexibilizações, e criticou a cobertura da imprensa. "Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?", questionou ele, alvo de crítica de famosos após a demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde no mês de maio. Ainda no discurso, Bolsonaro lembrou que no mês que vem chega ao fim o Auxílio Emergencial.
"Como ficam esses quase 40 milhões de invisíveis? Perderam tudo agora", disse. "O catador de latinha não tinha latinha para catar na rua, não tinha como vender biscoito Globo na praia, não tinha como vender um mate no estádio de futebol. Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento, mas todos nós vamos morrer um dia. Aqui, todo mundo vai morrer", prosseguiu.
Nas redes sociais, os telespectadores aprovaram a alfinetada de Ana Maria. "Não quis café da manhã, partiu logo para o jantar. Um jantar 'presidencial'", disparou um. "Abrindo meu dia com sua sabedoria!", completou um segundo. "Lindo discurso", acrescentou outro.
(por Guilherme Guidorizzi)