A atriz Mila Moreira morreu nesta madrugada (6) aos 75 anos no Hospital CopaStar no Rio de Janeiro, mesma unidade de saúde na qual faleceu Paulo Gustavo em maio. A causa não foi informada a pedido da família. Mila estava fora da telinha desde 2017 quando viveu a Gigi da novela "A Lei do Amor". A morte da artista lamentada por colegas de profissão é uma baixa neste ano no meio artístico, que perdeu semana passada Noemi Gerbelli.
"O Hospital CopaStar lamenta a morte da paciente Mila Moreira na madrugada desta segunda-feira (06) e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes", diz a nota enviada à imprensa. Já uma amiga relatou que Mila começou a passar mal em viagem a Paraty e morreu após parada cardíaca.
Paulistana e nascida em 18 de maio de 1946, Marilda Moreira da Silva ganhou o título de "Miss Luzes da Cidade" aos 14 anos. A partir daí deslanchou na carreira como manequim e modelo. Ingressou na TV em 1979 como produtora da Band e jurada do Chacrinha (1917-1988). Naquele mesmo ano estreou nas novelas como a Érica de "Marron Glacê". Depois foi a Dorinha de "Plumas e Paetês" (1980).
Mila Moreira emendou na sequência outras novelas como "Elas por Elas" (1982), "Champagne" (1983), "Corpo a Corpo" (1984, de Gilberto Braga, morto também neste ano), "Bambolê" (1987) e "Que Rei Sou Eu?" (1989). Na década de 1980 esteve também na Band (com "Sabor de Mel", 1983) e Manchete (com "Mania de Querer", três anos depois).
A atriz trabalhou ainda em "Meu Bem, Meu Mal" (1990), "O Mapa da Mina" (1993), "Os Maias" (2001), "Um Só Coração" (2004) e "JK" (2006). Outros trabalhos marcantes vieram em "Paraíso Tropical" (2007, como a Dorita, atualmente em reexibição no Viva) e "Viver a Vida" (2009, como a Viviane).
Mila esteve também nas duas versões de "Ti Ti Ti" (1985 e 2010) e nos remakes de "Ciranda de Pedra" (2008) e "O Astro" (2011). No cinema passou por filmes como "Os Saltimbancos Trapalhões" (1981) e "Dias Melhores Virão" (1989). Na vida pessoal, foi casada com Luis Gustavo, que também morreu nesse ano.
Uma das primeiras modelos a ter passagem pelo mundo da atuação, Mila recordou ao "Vídeo Show" ter sofrido preconceito no começo da carreira. "Na época, não era comum ter uma modelo fazendo televisão, então, claro que, inicialmente, teve um preconceito. Todo mundo ficava esperando para meter o pau mesmo", lembrou.
"Os olhares tortos eram mais por conta de ser uma pessoa fora da classe. Era como hoje, as pessoas ainda acham que você está roubando o trabalho dos outros. Você estuda para ser atriz e chega alguém que só porque é bonitinha e está na moda vira atriz", afirmou.