A morte de Gilberto Braga, aos 75 anos, causou comoção entre os famosos, que deixaram mensagens de pesar e lamentaram a perda no autor de novelas. O autor esteve à frente de histórias marcantes como "Dancin' Days" (1978), "Vale Tudo" (1988), "Pátria Minha" (1994, com Tarcísio Meira, morto em agosto, como Raul Pellegrini), "Celebridade" (2005) e "Paraíso Tropical" (2007), atualmente em reprise no canal Viva.
Uma das protagonistas de "Vale Tudo", Gloria Pires destacou o talento do novelista, casado com o decorador Edgar Moura Brasil. "Gratidão eterna a Gilberto Braga e sua genialidade. Descanse em paz, querido", escreveu. "Muito triste com a partida do meu querido amigo Gilberto Braga. Criador de grandes e inesquecíveis personagens que viverão para sempre em nossos corações", completou Patrícia Pillar.
Betty Faria citou a parceria com o autor, por ter lhe dado "lindos e inesquecíveis personagens". "Muito amor para a família dele e que tenha um descanso", desejou Tony Ramos. Já Marcelo Serrado lembrou algumas produções escritas por Gilberto nas quais atuou: "Uma pessoa que me abraçou e acreditou em mim!".
Para Carolina Dieckmann, o autor deixa uma "marca inconfundível", enquanto Camila Pitanga demonstrou gratidão, Bárbara Bruno exaltou a carreira do novelista, e Ana Kutner classificou a morte de Gilberto como "fim de uma era da teledramaturgia"
O autor morreu nesta terça-feira (26) no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Ele enfrentava o Mal de Alzheimer e nos últimos dias apresentou uma infecção sistêmica decorrente de perfuração de esôfago.
Natural de Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro, e nascido em 1º de novembro de 1945, Gilberto Tumscitz Braga foi crítico de teatro/cinema no jornal "O Globo", professor de francês e aluno da faculdade de Letras antes de chegar à TV, em 1972. A estreia foi com "A Dama das Camélias", uma adaptação para o "Caso Especial".
Dois anos depois, escreveu sua primeira novela, "Corrida do Ouro", em parceria com Janete Clair e Lauro César Muniz. Já em 1975 adaptou "Helena" e "Senhora", clássicos de Machado de Assis e José de Alencar, além de ter assumido a novela "Bravo!" após a saída de Janete.
O primeiro sucesso viria em 1976 com "Escrava Isaura", uma das novelas mais vendidas pela emissora. Antes de outro marco, "Dancin' Days" veio "Dona Xepa" (1977). Já em 1980, dividiu com Manoel Carlos a autoria de "Água Viva". Na sequência, "Brilhante" (1981), "Louco Amor" (1983) e "Corpo a Corpo" (1984).
Um dos maiores clássicos da novela brasileira veio em 1988 com "Vale Tudo", estrelada por Regina Duarte, Gloria Pires, Reginaldo Faria e Beatriz Segall, morta em 2018. A partir dos anos 1990, passou a colaborar ou supervisionar novelas como "Lua Cheia de Amor" (naquele ano) e "Lado a Lado" (2012).
Outros trabalhos marcantes foram em "O Dono do Mundo" (1991), "Força de Um Desejo" (1999) e "Insensato Coração" (2011), além de minisséries como "Anos Dourados" (1986), "Anos Rebeldes" (1992) e "Labirinto" (1998). A morte de Gilberto Braga é mais uma perda para as artes brasileiras, que já haviam perdido Eva Wilma, Paulo José, Luis Gustavo e Orlando Drummond, entre outros.