Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann, protocolou um pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (07) em virtude de um montante de dívidas que chegam a R$ 40 milhões. O jornal Estadão divulgou mais detalhes do documento, onde o empresário pede tutela de urgência à Justiça.
A defesa de Alexandre apresenta uma série de justificativas para a crise financeira, entre elas, "o início do atual governo". Vale lembrar que o empresário e Ana foram apoiadores públicos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Inclusive, a apresentadora convocou pessoas que integraram o antigo governo para ajudá-la no que ela chamou de "reestruturação econômica".
No documento divulgado pelo Estadão, Alexandre cita: "a exemplo das diversas grandes marcas e franquias que fecharam as portas no Brasil após o início do Governo atual e da crise que assola o mundo em face de duas grandes guerras em plena e contumaz beligerância e dos resquícios do fechamento do comércio após a pandemia do COVID".
Alexandre ainda se defende das acusações de fraude e desvio, hipótese levantada por Ana em entrevista para o "Domingo Espetacular". "Todos os recursos oriundos de [empréstimos] sempre foram para a manutenção do capital de giro e das despesas de capital da Empresa e seus sócios", diz outro trecho divulgado pelo Estadão.
Segundo reportagem do Notícias da TV, Alexandre pediu tutela de urgência porque a empresa corre "risco iminente de abertura do processo de falência". A firma em questão é a Hickmann Serviços Ltda - Hserv, que concentra os produtos licenciados da apresentadora e cuida da imagem da estrela.
Para defender a possibilidade de uma recuperação judicial, Alexandre apresentou o balanço patrimonial de 2022 com lucros superiores a R$ 8 milhões, o que seria suficiente para suprir os débitos a médio prazo.
O pedido de recuperação judicial é um meio que as empresas têm à disposição para evitar decretar falência. O objetivo é suspender por 180 dias os processos e as cobranças para que a empresa tenha tempo de se reorganizar e conseguir o montante necessário para honrar as dívidas. O juiz nomeia um administrador judicial, que fiscaliza o processo. A empresa tem até 60 dias para apresentar uma proposta para negociar os débitos.