Em "Guerra dos Sexos ", ela vem ganhando cada vez mais espaço e caiu no gosto do público. Divertida, despachada, segura de si e muito fofoqueira, Afrodite - ou só Frô (vivida pela atriz Marianna Armellini) - vive às turras com seus dois irmãos bonitões, Zenon (Thiago Rodrigues) e Ulisses (Eriberto Leão), uma vez que eles espantam todos os pretendentes delas.
Na primeira versão, em 1983, a "feiosa" foi interpretada por Cristina Pereira. Neste remake, coube à carismática Marianna dar vida à funcionária da lanchonete da Charlô's. Bem-humorada e muito simpática, a atriz conversou com o Purepeople sobre a resposta do público, as questões da personagem, a solteirice feminina e suas impressões sobre sua primeira novela.
Purepeople: Frô tem feito sucesso e sido muito comentada nas redes sociais. Como está sendo a resposta do público?
Mariana Armellini: Muito positiva! A Frô é uma personagem leve, engraçada, que circula por quase todos os cenários e núcleos e comenta tudo. Tem essa autoestima absurda, é uma tremenda fofoqueira, mas jura que é discreta e elegante. Todos esses elementos agradam às pessoas, que me abordam sempre com muito carinho.
Sempre engraçada, sua personagem faz algumas piadas com sua própria solteirice e algumas moças retuítam as frases da Frô por identificação. Você buscou referência em alguma amiga ou pessoa específica para a composição?
Eu já fiquei solteira por muito tempo! Mas a Frô considera que está sozinha porque os irmãos não a deixam em paz, e não por que está difícil arrumar namorado! Por isso, usei a minha referência da sensação de estar sozinha enquanto todos em volta estão namorando, mas as semelhanças param por aí! Porque para a Frô, todos os homens a desejam e ela só está sozinha por causa do ciúme dos irmãos. Comigo já não era bem assim... (risos)
Você acha que a identificação do público feminino com a persongem pode ser também pela quantidade de mulheres que têm dificuldade de conseguir um namorado assim como ela?
Pode ser que sim! Mas eu acho que, assim como a Frô, nós mulheres precisamos aprender a estar bem sozinhas. A sociedade cobra da mulher esse status de namorada, noiva, casada. Você nunca ouve o termo "encalhado" ou a expressão "ficou pra titio", referindo-se a um homem. São sempre para as mulheres. Então, parece que as mulheres buscam conseguir um namorado a qualquer custo, e acabam se relacionando com pessoas que não são legais, que não têm a ver com elas, só pra estar namorando. Isso já aconteceu comigo. Por isso, acho que as Frôs que estão por aí tinham que sossegar e aproveitar a solteirice felizes!
Você tem um trabalho com o grupo 'As Olívias' e atuou no programa 'É tudo improviso', da TV Band. Na novela você consegue improvisar?
No começo da novela, quando era tudo era novo pra mim, ficava muito presa às marcas e às palavras exatas do texto. Eu estava "dura". Agora que estou mais entrosada com tudo, que a personagem está mais delineada pra mim, fico mais solta e consigo brincar um pouco, propor algumas coisas, mas nada que prejudique o roteiro original. Até porque o texto da Frô é maravilhoso! Mas acontece muito de surgirem coisas novas na troca com os outros atores. Eu vou até o limite que os diretores estabelecem, para também não perder o rumo da cena!
Na primeira versão, Frô fazia sempre referência à amiga fofoqueira Carlotinha Bimbati, que só apareceu no último capítulo (interpretada pela Regina Casé em participação especial). Nesta nova versão também haverá essa personagem?
Nesta versão, a amiga é a Terezinha Romano! Ainda não sei se a Terezinha aparece no final, mas eu torço para que sim! Acho que todo mundo quer saber quem é essa mulher tão onipresente e mais fofoqueira que a Frô!
(Por Samyta Nunes)