Os próximos capítulos da novela "Babilônia" irão abordar mais uma polêmica. Depois da prisão de forma preconceituosa de Ivan (Marcello Mello Jr.), a trama das nove vai colocar frente a frente o prefeito Aderbal (Marcos Palmeira) e Teresa (Fernanda Montenegro), adianta o colunista de TV Daniel Castro. Isso acontecerá pois o pais de Laís (Luisa Arraes) vai criar um chamado "kit hétero", para "curar" homossexuais. As cenas estão previstas para irem ao ar a partir do próximo dia 9.
Quem vai sugerir tal projeto será Consuelo (Arlete Salles) - que já demonstrou seu preconceito em relação à companheira de Ester (Nathalia Timberg). Ela alegará ao filho que ele precisa ensinar os rapazes a serem homens e as moças a obedecer os maridos. Quem também irá apoiar o kit homofóbico será Luís Fernando (Gabriel Braga Nunes): "Quanto mais barulho, melhor! Você (Aderbal) chama a atenção pra si! E o seu eleitorado conservador vai adorar! Chacina, faxina, kit hétero, isso mobiliza o público. O brasileiro tem obsessão por sexo, é louco pra vigiar a sexualidade alheia".
Advogada mostrará sua raiva contra o prefeito
Assim que descobrir as intenções de Aderbal, a mãe de criação de Rafael (Chay Suede) não esconderá sua revolta e procurará Paula (Sheron Menezzes) para ser sua aliada. "Criar um kit hétero, um centro de reabilitação pra homossexuais lá em Jatobá", dirá a advogada, que receberá o apoio da funcionária. "Pra quem acredita nesses absurdos", dirá Paula.
"Muita gente acredita (na chamada cura gay), e o Aderbal Pimenta sabe disso, está jogando pra plateia. Mais exposição na mídia, mais eleitores no bolso, e ainda aproveita pra jogar pra escanteio as manchetes sobre a chacina que aconteceu lá. Me procuraram do Conselho Federal de Psicologia. A chamada cura gay não é autorizada pela categoria", acrescentará Teresa, que denunciará o prefeito ao Ministério Público.
Em seguida, a funcionária dirá que Aderbal irá recorrer da denúncia, mas isso não irá abalar a advogada. "Só que nós também estamos representando o Conselho Federal de Psicologia", iniciará Teresa. "Se algum psicólogo participar de alguma terapia maluca de cura gay, vai ter seu registro cassado", lembrará Paula. "Sem eles, como o Aderbal vai operar o centro? É simples: vai ter que fechar. E nós vencemos", finalizará a advogada, que chegou a se separar de Estela.
Teresa vai interromper discurso de Aderbal
Enquanto estiver discursando em inauguração de escola, o prefeito - que chegou a bater na filha por causa de seu namoro com Rafael - será interrompido pela avó do rapaz. "Prefeito Pimenta! O seu projeto homofóbico, sexista e machista está suspenso por decisão judicial", bradará, balançando o processo. "Meu nome é Teresa Petruccelli. Eu entrei com um pedido de liminar suspensiva contra o...", acrescentará a advogada que vai parar de falar ao notar a namorada do neto no palanque.
Em lugar reservado, Laís, Teresa e Aderbal vão discutir. "A senhora vem à minha cidade, bagunça minha festa, traz oficial de Justiça pra impedir a minha inauguração!", iniciará ele. "Sua, sua, sua, a cidade é sua, o governo é seu, os eleitores são seus, o senhor se esquece de que é funcionário público? Meu Deus, por que todo político brasileiro se esquece de que o seu patrão é o povo?", questionará Teresa. O prefeito dirá que foi eleito para guiar o povo. "Caminho do abismo. O senhor manipula o medo das pessoas! O senhor não é rei! Tem obrigação de ouvir as vozes divergentes, de não fazer política pública contra uma parte da população", responderá ela, alvo dos insultos de Consuelo.
"Minoria", apontará Aderbal. "Maioria que não respeita minorias é ditadura, não é democracia. Democracia é respeito aos direitos de todos", responderá Teresa. No fim da briga, a advogada dirá que irá às últimas consequências para vetar o projeto de Aderbal, que surpreenderá Teresa, deixando-a em choque. "É nosso interesse comum acabar com esse namoro. Vamos nos unir pra separar aqueles dois?", indagará o político.
(Por Guilherme Guidorizzi)