Whindersson Nunes relembrou a dor de perder o filho em seu livro, "Vivendo Como Um Guerreiro". João Miguel morreu dois dias após o nascimento prematuro. O artista deixou os fãs chocados com as revelações feitas na obra.
"Pegamos João no colo, sem vida. Foi o momento em que eu mais chorei em toda a minha vida, e esse momento dura até hoje. A Maria, também. Entre as incredulidades do que estava acontecendo, escrevi com fé no twitter: deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus", desabafou o youtuber.
"E nada mais havia para ser dito. Havia muito para ser sentido. A dor de voltar para casa. A dor do desabamento de um sonho. A dor do adeus. A dor de voltar sem a criança e sem a barriga, depois de meses de esperança", lamentou.
Whindersson contou que o filho foi cremado e falou da tristeza que sentiu. "Tudo foi inédito. Nada disso havia acontecido, nem havia sido imaginado. Uma dor muito grande. Antes de ser pai, eu conheci a dor de perder um filho. Um pedaço de mim. Um alguém igual a mim. Confesso que sempre me mantive muito crente de que tudo ia dar certo", declarou.
Na biografia, Whindersson ainda revelou que usava drogas antes mesmo de conhecer Luísa Sonza, em meados de 2017. O comediante garantiu que a cantora, de quem se separou em abril de 2020, não teve nenhuma culpa de seu vício.
"Não havia mais intervalo entre as drogas. Eu acordava e desacordava para a vida. Eram drogas e mais drogas tentando estancar sei lá o quê. Um mês. Um mês, e eu tenho a certeza de que não foi a Luísa a culpada. E não foi por ela que eu me lancei nesse abismo. Foi por mim. Foi por um buraco dentro de mim. Foi pela ausência das certezas da minha vida. (...) A depressão tem tratamento. Eu sei disso. É que há momentos em que nos esquecemos disso. (...) Bala, LSD em doses cavalares e algumas outras", relatou.
"Eu sofria tanto e achava que eu merecia. E o foco da minha vida virou nada, nas noites que não amanheciam. A sensação, às vezes, era de um descolar da alma do corpo. E o nada me fazia companhia. As drogas aumentaram as minhas paranoias. Medo das violências, medo das invasões da minha vida. E o pânico. Meu Deus?! Não desejo isso para ninguém. Meu cérebro derretendo. Minhas noites indormidas, virando de um lado para outro. Acusando o chão de não me caber. Tudo muito sofrido", afirmou.