Pela primeira vez, alguém que realmente conhecia a vida e a história de Marcos Paulo de perto contou detalhes do ator e diretor, morto no dia 11 de novembro, vítima de uma embolia pulmonar. Vicente Sesso, pai adotivo de Marcos e que esteve com ele desde os 18 anos -, concedeu uma entrevista à revista "Quem" desta semana esclarecendo algumas questões importantes que podem ajudar no dilema da divisão de bens.
Perguntado sobre a possibilidade de haver algum problema no testamento do filho, o escritor aponta para a produtora Gralha Produções, que era de Marcos Paulo e Antonia Fontenelle, viúva do diretor. A atriz tem direito a 1%. Mas ele confessou que suas netas (Mariana, Vanessa e Giulia) "estão dispostas a dar a empresa para ela".
E por falar em Antonia Fontenelle, Sesso admitiu que gosta muito da nora: "Tenho por ela todo carinho e toda amizade. Sou muito grato a ela por cuidar do Marcos. Ninguém tem a menor dúvida do sentimento dela por ele, nem as minhas netas. Antonia cuidou dele até o último momento".
Quando citado que Fontenelle terá direito a 60% do saldo de suas contas e investimentos, adiantado com exclusividade pelo Purepeople, o dramaturgo disse que vai ao cartório fazer um documento relatando a vontade de Marcos em beneficiar sua mulher.
"Ela ainda vai esperar muitos anos para receber o dinheiro. As minhas netas acham que o dinheiro é mais do que valem os imóveis. Mas não interessa. Basta ler a carta que ele fez para ver que foi com a ajuda de um advogado. É uma carta eloboradíssima", disse Vicente.
A relação de pai e filho parecia mais de irmãos. O autor contou que os dois saíam juntos para "pegar mulher" e fazia questão de não ser chamado de pai.
Com relação aos dois supostos filhos que apareceram depois que o diretor morreu - a educadora Michelle Santos, que teve a identidade revelada com exclusividade pelo Purepeople, e o militar Carlos Eduardo -, Vicente relatou que ambos procuraram Marcos para um exame de DNA, mas nada foi concretizado. Michelle também deu uma entrevista à publicação, afirmando que o que a motiva a buscar o reconhecimento da paternidade "não é o dinheiro".