Assim como Taís Araújo, Tainá Müller posou sem retoques para a "Women's Health Brasil". Capa de abril, a atriz exibiu a silhueta no ensaio e dispensou o uso de Photoshop. "O corpo que tem história possui sua beleza. A gente precisa trabalhar muito o desapego na vida. Quero muito envelhecer. É a melhor hipótese [risos]. Quero ser uma velhinha com mobilidade, bem ativa, principalmente da cabeça", refletiu. A intérprete da Aura, da novela "O Outro Lado do Paraíso", mostrou que não tem medo de envelhecer: "Acho que, quanto era mais jovem, eu tinha mais medo de envelhecer do que tenho hoje. Mas a vida é muito rápida. [...] Então é preciso focar no que interessa, não ficar tentando agarrar o imponderável".
Em seu Instagram, Tainá comemorou a capa sem edição: "Essa capa é a celebração da história desse corpo, para o qual já tive um olhar bem mais crítico e menos generoso do que tenho hoje. É muito louco pensar que quando era modelo, alguns anos mais jovem e 10kg a menos (sim!) vivia procurando um defeito aqui e outro ali, sem enxergar a perfeição que é simplesmente ter um corpo plenamente capaz, que no meu caso ainda serve de instrumento sagrado do meu trabalho. Um corpo que carrega hoje a história de ter gerado e acolhido um filho bravamente por 8 meses e que depois o alimentou por mais de um ano".
Para finalizar, a atriz apontou as cicatrizes, que antes eram escondidas em ensaios fotográficos: "Corpo esse que também tem suas cicatrizes: a que você pode ver na barriga, de retirada do apêndice aos 12, sempre foi camuflada em retoques que escondiam minha sobrevivência àquela cirurgia de urgência. Tem também a do pulso esquerdo, que guarda por debaixo da pele uma placa de titânio de 12cm (sim, sou uma mulher com um punho de titânio) resultado de uma aventura juvenil. Enfim, obrigada corpo, por me trazer até aqui. E que a gente possa celebrar nossos corpos com cada vez mais amor e gratidão".
A mãe de Martin, de 1 ano e 8 meses, visto no circo com os pais, relatou à revista o drama vivido nos primeiros dias do filho: "Sofri com a falta de identidade. Aqueles primeiros meses, do Deus nos acuda, eu pensava: 'Será que vou voltar a ser eu?'. Sentia que tinha me transformado em uma nova mulher. Mas, aos poucos, fui descobrindo essa nova pessoa, que eu gosto muito mais".
(Por Tatiana Mariano)