Stênio Garcia, intérprete do personagem Arturo na novela "Salve Jorge", se recuperou após ser internado com caso de dengue, mas sofreu um baque com a morte da ex-mulher, Cleyde Yáconis, nesta segunda-feira (15). Em entrevista à revista "Caras", Stênio Garcia contou o quanto é grato à Cleyde, com quem com foi casado por 11 anos, de 1958 a 1969: "Talvez tenha sido uma das pessoas mais importantes da minha vida em todos os sentidos. É um momento muito difícil".
Depois do divórcio, Stênio e Cleyde se afastaram, mas o ator retomou o contato com a ex quando ela se machucou durante as gravações da novela "Passione" em 2010: "Consegui reestabelecer essa amizade que a gente teve, talvez num momento meio difícil para ela, nos dois últimos anos. Depois que nos separamos ficamos muito afastados, eu vim para o Rio de Janeiro e ela ficou em São Paulo, vivendo na chácara. Ela ficou muito retirada lá e eu constitui família aqui, então ficamos meio afastados. Há dois anos reestabelecemos o laço de amizade, foi através do acidente que ela teve em cena e a partir daí não me afastei mais. Na época ela me disse: 'O momento foi de dor, mas valeu pelo reencontro'".
"Talvez a morte tenha sido um descanso, porque ela realmente não estava bem", disse o artista que visitou Cleyde no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e continuou: "Estive lá há um mês, fui apenas para visitá-la, e vi que era impossível o reestabelecimento, era impossível a volta à vida alegre e animada que ela sempre teve, repleta de muita energia e muita luta, que sempre buscou no trabalho realização e conquista".
Stênio acrescentou: "Eu estava meio que esperando porque o estado dela não era bom. Quando estive em São Paulo fiquei uma tarde com ela e ela não reconhecia mais as pessoas, tinha passado por um processo muito terrível da doença, então eu rezava que acontecesse a melhor coisa com ela, que Deus desse para ela o grande sossego e sua realização nos últimos instantes de vida. A notícia veio como um alívio, ela parou de sofrer".
Emocionado com o acontecido, Stênio foi só elogios à atriz: "Cleyde sempre foi um exemplo para mim. Foi a primeira mulher que conheci, quando tinha acabado de sair da escola de teatro, e ela me apresentou pessoas maravilhosas do teatro. Felizmente, tive cinco anos da minha vida trabalhando junto e onze anos de vida em comum com ela. É uma perda não só pra mim, mas também para a arte brasileira. Hoje o Brasil perdeu uma pessoa que só contribuiu para a arte no Brasil. Ela foi um ser humano fantástico, uma mulher íntegra que sempre buscou ajudar as pessoas".