O Comitê Científico do Consórcio Nordeste informou que recomenda o cancelamento total das festas de Réveillon, Carnaval 2022 e até Natal. O órgão destacou uma série de motivos, criando uma lista de argumentos, para incentivar os nove estados brasileiros que fazem parte da região a descartarem as festividades. Vale lembrar que, embora não sejam nordestinas, algumas associações de blocos do Rio de Janeiro disseram que só confirmariam a folia após um aval do Comitê.
Entre as principais preocupações estão o temor de que uma aglomeração possa aumentar o contágio da variante ômicron, que nasceu na África e fez até a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir um alerta. No Brasil, já há pelo menos três casos confirmados da doença.
Além disso, o Comitê também lembrou que, além da ômicron, o aglomerado de pessoas em dias consecutivos poderia desencadear, involuntariamente, o surgimento de uma nova cepa, essa talvez mais grave. As informações são do portal "G1".
De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, pouco mais de 60% da população brasileira já está vacinada com as duas doses ou com dose única. O número, que varia de acordo com região, foi mais um motivo para o Comitê pedir o cancelamento das festas no Nordeste. A Bahia, por exemplo, apresenta, nesta sexta (3), índice de crescimento no número de casos de Covid.
São Paulo tomou a própria decisão há poucos dias, quando avisou que o Ano Novo já foi cancelado. Até agora, 71 cidades também cancelaram o Carnaval, mas a capital, a cidade com maior número de mortes do país, soltou até calendário com os blocos de rua previstos para fevereiro - mais de 400.
Enquanto isso, Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, ainda não bateu o martelo sobre a virada. Vale lembrar que o Réveillon de Copacabana é um dos mais famosos do mundo e costuma reunir milhares de pessoas só na faixa de areia. Paes não deu detalhes sobre o que vem pensando em sua decisão, mas explicou que o estado já tem 95% dos adultos vacinados.
Sobre o Carnaval, a expectativa é que a decisão só saia em janeiro. Questionado, o prefeito deixou claro, mais de uma vez, que, "se não houver condições, não vai ter".