Após mostrar-se ao mundo como mulher na capa da "Vanity Fair", Caitlyn Jenner está decidida a expor sua vida, lutar e ajudar nas causas dos transgêneros no documentário biográfico "I am Cait". Com estreia prevista para o dia 02 de agosto, às 23 horas, no canal pago E! Brasil, Jenner surgirá em momentos de intimidade e marcantes de sua vida. No primeiro episódio, ela mostrará muita descontração durante uma partida de tênis, na qual faz piada de sua capacidade atlética. "Bruce era um tenista melhor do que Caitlyn", declara, referindo-se ao seu nome de batismo.
Também será possível ver Caitlyn Jenner como uma educadora em uma missão: ajudar a comunidade transgênera, particularmente os jovens transexuais, que desejam mudar sua identidade sexual. Ainda no primeiro episódio (no total serão oito), acontecerá um momento único: quando sua mãe, Esther, suas duas irmãs e a filha adolescente, Kylie, veem Jenner pela primeira vez como mulher. Surpresa, Esther dá o seu depoimento sobre a transformação do filho. "Vai ser tão difícil te chamar de Caitlyn", confessa ela, em sua casa da filha em Malibu.
Sem deixar a vaidade de lado, a personagem principal do documentário aparece em várias situações como fazendo maquiagem, cuidando do cabelo e da pele, além de momentos acompanhada da enteada famosa Kim Kardashian, que aparece com o marido, Kanye West, olhando vestidos enviados pelos badalados estilistas Tom Ford e Diane Von Furstenberg.
'Nunca quis machucar ninguém', disse Caitlyn em discurso sobre aceitação
Caitlyn Jenner chegou a ser homenageada na 23ª edição do ESPY's, premiação realizada pelo canal de esportes ESPN, há uma semana. O evento premia os melhores atletas do último ano em 32 categorias. Ex-atleta e campeão olímpico quando ainda era Bruce Jenner, Caitlyn foi homenageada com o prêmio especial The Arthur Ashe Courage Award, pela sua coragem em assumir sua transexualidade em público, colaborando para a aceitação da sociedade e combatendo o bullying.
Na ocasião, a homenageada fez um discurso emocionado sobre sua aceitação. "Queria agradecer a todos da minha família. O maior medo de um transgênero é 'sair do armário'. Eu nunca quis machucar ninguém. Agradeço a todos", afirmou Caitlyn que, mesmo após mudança de sexo, permite que os filhos ainda a chamem de pai.
(Por Ana Carolina Brito)