Silvio Santos morreu aos 93 anos no final de semana deixando além de um legado na televisão brasileira uma série de histórias nos bastidores do SBT. O "homem do Baú" trocou a protagonista de uma novela em 2001, tirou uma série de programas do ar sem prévio aviso, e da mesma forma trocou atrações de horário mais de uma vez - o "Programa Livre" (1991/2001) foi sua "principal vítima".
No final de 2005, Silvio Santos ganhou um apelido inusitado da emissora paulista, "Joaquim", após tomar uma decisão controversa. Quem deu esse novo apelido ao comunicador foi seu amigo de longa data Moacyr Franco, atualmente fora do SBT.
Segundo a "Folha de S.Paulo", o apresentador que pode ter deixado um filho homem determinou que os programas de sua emissora não poderiam mais citar seu nome. Diante disso, Silvio se tornou "Joaquim" e alvo de piadas de Hebe Camargo (1929-2012) e Moacyr durante um evento que lançou a programação 2006 que reuniu mais de 200 profissionais de mídia.
Naquele ano, Carlos Nascimento fez sua estreia na rede paulista, que lançou ainda programas como "Jogo Duro" (Jorge Kajuru), "SuperNanny", "Rei Majestade" e "Topa ou Não Topa" (ambos com o próprio Silvio). De acordo com a reportagem, Hebe foi alvo de um pedido de Moacyr.
O cantor, humorista, apresentador e compositor pediu para o SBT ampliar na grade o espaço dedicado ao humor. "Você não é íntima do Joaquim?", disparou Moacyr sem se fazer entender. "É que não pode falar o nome do homem", explicou o protagonista do seriado "Meu Cunhado", ao lado de Ronald Golias (1929-2005).
O apelido pegou de imediato. Hoje à frente do "Domingo Legal", Celso Portiolli disse que "Joaquim" falou que ele iria trabalhar no ano seguinte. Françoise Forton (1957-2022) foi outra famosa a fazer um pedido a "Joaquim": a inclusão de câmeras digitais na área da teledramaturgia. Naquela ocasião, a atriz estava no elenco do remake da novela "Os Ricos Também Choram", seu único trabalho no SBT.