Silvio Santos ao longo da sua carreira de mais de 60 anos foi além de apresentador e empresário, o responsável pela grade de programação do SBT. Em suas decisões, o artista que morreu aos 93 anos neste sábado (17) após quase três semanas internado alterava programas de horário, estreava atrações e cancelava outras. Tudo sem prévio aviso.
A morte de Silvio acontece dois dias antes da emissora paulista completar 43 anos, fez a Globo alterar sua grade de programação, e cancelar a agenda do filme "Silvio", previsto para ser lançado nesta segunda-feira (19). Atendendo um pedido do próprio comunicador e rei da TV, não haverá velório e o enterro será restrito para familiares.
Entre as decisões que Silvio tomou durante seus mais de 40 anos à frente da emissora que fundou em agosto de 1981, o apresentador trocou a protagonista da novela "Amor e Ódio" (2001/2002). Inicialmente, a trama estrelada por Suzy Rêgo foi batizada de "A Dona", passando depois para "La Dueña" e "Entre o Amor e Ódio".
Mas em um primeiro momento quem seria a protagonista era uma ex-mulher de Fábio Jr., com quem teve casamento relâmpago por apenas três meses. Em novembro de 2001, a "Folha de S.Paulo" relatava que Patrícia de Sabrit havia sido retirada da trama apenas duas semanas depois de ser confirmada como protagonista do folhetim em escolha do diretor de teledramaturgia David Grinberg.
Em 2 de novembro daquele ano, o jornal revelava que Silvio Santos reprovou a escolha. "Achou a atriz insossa e 'muito menina' para o papel -o de uma órfã milionária que é abandonada no altar e se transforma em uma mulher amargurada, que rivaliza com uma prima", relatou a "Folha".
Vale lembrar que Patrícia, estrela de "Colégio Brasil" (1996) e "Pérola Negra" (1998), tinha gravado chamadas e até cenas externas. "Queria que a Patrícia soubesse que, como colega, sinto muito por ela. Mas isso é normal na nossa profissão. Eu também já fui substituída em outros trabalhos", afirmou Suzy dias mais tarde.