O "Big Brother Brasil 19" ganhou uma edição especial na tarde desta quinta-feira (11) por conta da briga entre Hariany e Paula que movimentou a madrugada dos semifinalistas do reality show. O apresentador Tiago Leifert apareceu em uma espécie de plantão e contou que a confusão está sendo avaliada pela emissora e direção do programa. "Essa é uma edição especial ao vivo do 'BBB' para vocês. Aconteceu um fato relevante entre o Paula e Hariany essa noite. Fato esse que está sob avaliação da direção do Big Brother e a gente tá aqui para mostrar tudo que aconteceu. Era a última festa do BBB ontem a noite, uma festa que mostrava memórias em um telão para eles. Lá pelas duas da manhã, a Paula foi ao banheiro, ela estava ali meio chorosa, com a energia baixa, ela está emparedada. Aí quando ela voltou para a pista de dança, tudo começa...", afirmou o jornalista. Desde cedo, a hashtag "Hariany Expulsa" está entre os assuntos mais comentados no Twitter do Brasil.
Em sua participação no "Mais Você", Rodrigo contou que decidiu mover uma ação por racismo religioso contra Paula, participante que dividiu opiniões com seus comentários. "Já entrei em contato com o advogado. A gente vai processar uma relação de racismo, de racismo religioso. A minha família cultua o candomblé, que não tem uma estrutura de catequizar ninguém. Não entrei nesse programa com interesse de catequizar ninguém. E mais uma vez colocam o candomblé como algo maligno, algo perverso e sem nenhum cuidado de perguntar sobre o que se trata", argumentou à Ana Maria Braga. No confinamento, Paula falou sobre a religião de Rodrigo com Hariany e Diego. "Ele mexe muito com esses treco. Ele falou hoje lá, o tempo todo. Ele sabe cada Oxum deles lá. Ele conhece e eu tenho medo disso", disse a mineira. Em sua participação posterior no programa, Gabriela - de quem Paula também confessou ter medo - também revelou que irá tomar as providências cabíveis. "Vi uns vídeos bem polêmicos nessa madrugada, que eu vou fazer algumas coisas [a respeito]. Principalmente, sobre intolerância religiosa, porque eu acho que respeitei tudo lá dentro".
Titular da Delegacia de Combate a Crimes de Racismo e Intolerância do Rio de Janeiro, Gilbert Stivanello, contou que a pena da participante, se indiciada, pode chegar a 3 anos de detenção. "Trata-se de injúria por preconceito alusivo à religião. Se for concluído que ela tinha o intuito ou sabia da possibilidade de ofender com sua fala, poderá ser indiciada e o Inquérito será relatado e enviado à Justiça Comum. Não cabe Juizado Especial pois a alusão à religião agrava o delito", afirmou ao UOL.
(Por Marilise Gomes)