A coisa ficou feia para o lado da participante doBBB 19, Paula. A bacharel de direito, que tem sido alvo de polêmicas na edição, está correndo risco de ser presa por até 3 anos por crime de preconceito religioso. O processo foi aberto no dia seguinte em que a mineira fez comentários considerados preconceituosos sobre a religião do Rodrigo, eliminado na terça-feira (2) em um paredão com a própria e Carol Peixinho. Na situação, Paula estava conversando com Hariany e Diego sobre a religião do sociólogo e disse sentir medo dele. "Ele mexe muito com esses treco. Ele falou hoje lá, o tempo todo. Ele sabe cada Oxum deles lá. Ele conhece e eu tenho medo disso", declarou. "Nosso Deus é maior", completou a loira.
Ao sair da casa, Rodrigo ficou sabendo desses, e outros, comentários feitos pela sister e por outros participantes e afirmou que não poderia ficar quieto com relação a isso. O processo aberto precisava do depoimento do ex-brother para prosseguir, já que os comentários foram feitos contra ele. Segundo o site "UOL", ele foi prestar depoimento na tarde desta sexta-feira (5). Durante sua participação no programa "Mais Você", da Ana Maria Braga, ele falou sobre o assunto. "Já entrei em contato com o advogado. A gente vai processar uma relação de racismo, de racismo religioso. A minha família cultua o candomblé, que não tem uma estrutura de catequizar ninguém. Não entrei nesse programa com interesse de catequizar ninguém. E mais uma vez colocam o candomblé como algo maligno, algo perverso e sem nenhum cuidado de perguntar sobre o que se trata. É todo um povo, uma população que cultua algo e que é desrespeitada. Eu não posso me calar de forma alguma, não seria eu."
Após o depoimento de Rodrigo, Paula terá o direito de dar sua versão e se defender. O delegado Gilbert Stivanello, titular da Delegacia de Combate a Crimes de Racismo e Intolerância do Rio de Janeiro, que está cuidando do caso, disse que a mineira será intimada assim que sair do programa ou após a final no dia 12. "Trata-se de injúria por preconceito alusivo à religião. Se for concluído que ela tinha o intuito ou sabia da possibilidade de ofender com sua fala, poderá ser indiciada e o Inquérito será relatado e enviado à Justiça Comum. Não cabe Juizado Especial pois a alusão à religião agrava o delito", informou o advogado. Se comprovado o preconceito religioso na fala de Paula, que confessou que sentia medo de conversar com Gabi, ela poderá ser condenada até 3 anos de prisão e multada. Além desses comentários, algumas opiniões machistas também estiveram presentes na edição.
(Por Pyetra Santos)