A personagem de Andreia Horta na novela "Tempo de Amar", foi abandonada pelo noivo e se sente culpada pelo acidente que matou sua mãe. Além disso, ainda carrega uma grande cicatriz no rosto, e por isso vive reclusa, sem sair de casa. A descrição parece ser de uma mocinha, das mais sofridas, mas ao invés disso, Lucinda é antagonista na próxima trama das seis, que estreia em 26 de setembro. Ela vai disputar o amor de Inácio (Bruno Cabrerizo) com a protagonista Maria Vitória (Vitória Strada ), que terá a filha entregue para adoção. Em conversa com o Purepeople a atriz fala sobre os dramas da jovem.
O caminho de Lucinda se cruza com o do casal de mocinhos quando ela está voltando de carro de uma rara visita à casa da tia Emília (Françoise Forton), no Rio de Janeiro, e vê Inácio estendido no chão, inconsciente e com sinais de espancamento. Segundo Andreia, esse momento é crucial na vida da personagem. "Ela tem muitos complexos. Tem muita vergonha do rosto queimado. Se acha sempre preterida por causa disso e vive encastelada dentro de casa, desde o acidente ela para de sair. Então, quando chega o Inácio, ela coloca todas as luzes e esperança da vida dela nele", conta.
Inácio é salvo da morte porque Lucinda o leva para ser atendido por seu pai, Reinaldo Macedo (Cassio Gabus Mendes), médico renomado. A moça começa a ter esperanças de que o rapaz se apaixone por ela porque ele perde temporariamente a visão, o que o impede de ver sua cicatriz, causada por uma explosão no laboratório do pai, e na qual sua mãe morreu. Andreia diz que não demora para fazer a maquiagem da cicatriz. "Demora mais para tirar do que para colocar", afirma.
Só que, apesar da gratidão por ter sido salvo por Lucinda, Inácio não esquece Maria Vitória, em quem fala o tempo todo. É então que a personagem, assim como o vilão Fernão (Jayme Matarazzo) e a outra antagonista da mocinha Delfina, de Leticia Sabatella, passa a fazer de tudo para manter o casal separado. Apaixonada, ela finge que escreve as cartas que o camponês dita, para Maria Vitória e arma para que todos acreditem que ele está morto. "Não sei se o romance vai dar certo porque está começando, mas o protagonista sempre fica com a mocinha e a antagonista sobra. É um clássico", Andreia opina.
Na contra-mão de Lucinda, que tem vergonha de sua aparência, Andreia se declara muito calma e tranquila com sua falta de interesse atual em seguir um padrão de beleza que, segundo ela, ficou por muito tempo desenhado como: ser malhada, magra, loira e cheia de músculos. "Isso não me interessa. Me libertar desse não desejo torna minha vida muito mais fácil. A beleza está no original, quando a pessoa está sendo o que ela é. Quando vejo uma pessoa bela tentando ser uma pessoa que ela não é, ela se enfeia imediatamente para mim", afirma.
(Apuração de Carol Borges e texto de Samyta Nunes)