Apesar da tentativa de sedução e de todos os esforços de Beatriz (Gloria Pires), é Inês (Adriana Esteves) quem consegue fechar a parceria com Aderbal (Marcos Palmeira) após levá-lo para a cama, na novela "Babilônia". E conforme a aquiteta previa, os lucros com a construção do chamado "coliseu" de Jatobá vai render muito para todos os envolvidos na negociata. Corrupto, o prefeito lucra R$19,5 milhões com o superfaturamento da obra.
De acordo com o colunista de TV Daniel Castro, tudo acontece depois que Aderbal anuncia sua aliança com a Souza Rangel através de Inês, que chegou a colocar a vida em risco para conquistá-lo. Durante a reunião, o político ressalta que não pode haver nenhuma prova do acordo firmado, destrói ele mesmo uma cópia do projeto apresentado pelos engenheiros, e exige que o pen drive com os arquivos terá de ser trancado em um cofre.
Para que a Souza Rangel vença a licitação, os dois lados combinam que a prefeitura deve exigir que estabelecer que apenas construtoras com experiência em estádios para 20 mil pessoas ou mais participem. Otávio (Herson Capri) comenta que esse deve ser quase o mesmo número de habitantes da cidadezinha, e Pedro (André Bankoff) rebate: "Claro que o estádio não vai ficar sempre lotado. Mas isso não importa para a licitação".
O projeto é orçado em 200 milhões
Sempre desconfiado, Aderbal questiona a possibilidade de alguma escuta, mas é tranquilizado por Beatriz, que lhe garante que sua empresa monitora a possibilidade de grampos nos telefones e todos usam celulares criptografados. "Nós todos aqui estamos no mesmo barco. Somos sócios", Inês completa. Em contrapartida, Otávio demonstra dúvida em relação ao prefeito conseguir a aprovação da câmara e ele garante: "Se eu mandar eles mijarem nas calças, eles mijam. Os vereadores estão no meu bolso, digo, na minha mão".
A advogada então anuncia o valor superfaturado da obra: "Nossa sugestão é que o projeto seja orçado em 200 milhões. Está aqui a planilha que eu mandei imprimir". O prefeito se apressa em destruir os papéis e avisa: "O edital ainda nem foi lançado. Não pode existir nenhum pedaço de papel, nem arquivo de computador, que prove que essa conversa aconteceu antes". Diante disso, Pedro garante que o Pen drive ficará a salvo no cofre.
Ao fim da reunião, o corrupto garante que vai conseguir 195 milhões para a verba do projeto, e a presidente da Souza Rangel revela que o orçamento está superfaturado em 50%. Com isso, fica acertada a comissão do prefeito, que será de 10%, ou seja: R$19,5 milhões. "Agora, faz favor de nunca mais repetir quanto é que eu vou ganhar ou deixar de ganhar, isso se pensa, não se diz". E exige a forma de pagamento: "Preciso de dinheiro vivo. A Inês resolve tudo. É o nosso primeiro trabalho juntos. No fundo, eu não conheço vocês, vocês não me conhecem. A gente tem que estabelecer uma relação de confiança. Vocês que se adaptem ao meu estilo. Fui claro?".