Eleita pela segunda vez a Mulher do Ano, Anitta revolucionou o cenário musical no Brasil e também no exterior. Planejando se aposentar aos 30 anos, a cantora fez um balanço sobre a carreira e revelou o desejo de diminuir o ritmo. O motivo alegada pela funkeira é a proximidade da família. "Quero muito construir minha própria família. Quero muito ter mais tempo com minha família (Ao todo, somos 17, falo com eles todos os dias. Até hoje, só fiz uma viagem com todos.). E, mais para frente, quero me arriscar em outra profissão. Não quero ser cantora para o resto da vida", declarou à revista "GQ".
Anitta, que deixou de ser a própria empresária após cinco anos, construiu sua imagem como sempre desejou: com liberdade para mudar o que não agradava. "Nunca tive vontade de lacrar para fazer música e estar em primeiro lugar nos rankings. Sempre quis fazer diferente. Gosto de criar controvérsias para fazer as pessoas discutirem, provocar o debate da diversidade de opiniões. Coloquei na cabeça que eu precisaria apresentar o funk ao mundo para fazer os brasileiros darem o devido respeito ao ritmo", comentou a artista, que negou rumores de que estaria pensando em se mudar para os Estados Unidos no próximo ano.
Anitta acumulou sucessos em 2019: a carioca de Honório Gurgel foi convidada por Madonna para um dueto na música "Faz Gostoso", que integra o álbum "Madame X"; o vídeo de "Terremoto", gravado com Kevinho, ter sido o mais assistido no mundo no dia do lançamento – com 10 milhões de views nas primeiras 24 horas em que foi ao ar; o álbum "Kisses" trilíngue com dez novas músicas e vídeos lançados simultaneamente ter sido indicado ao Grammy Latino como melhor disco urbano – com participação de Snoop Dogg, Becky G, Prince Royce, Swae Lee, Ludmilla, Papatinho, Chris Marsh, Caetano Veloso, DJ Luian, Mambo Kingz e Alesso.
Sem falar no sucesso do documentário "Vai Anitta", da Netflix, que conta – em seis episódios – os bastidores da ascensão profissional da "poderosa", com a segunda temporada prevista para o primeiro semestre de 2020. "Dois anos atrás, estava desaminada com essa luta para fazer história e, para isso, ter que remar contra a maré – o que significava não ter lucro imediato. Resolvi escrever em uma folha uma lista do que me tornaria 100% realizada no trabalho. Hoje, olho para esse papel e vejo que cumpri três vezes mais", destacou.
(Por Patrícia Dias)