O elenco de "Pecado Mortal" se reuniu na noite desta quarta-feira (25) em um shopping no Rio de Janeiro para assistir ao primeiro capítulo da nova novela da Record. A trama marca a estreia de Carlos Lombardi, autor de sucessos como "Quatro por Quatro" (1994) e "Uga Uga" (2000), na emissora.
O folhetim é a aposta do canal para retomar os dois dígitos de audiência em seu setor de dramaturgia. A emissora, por exemplo, já declarou que investe cerca de R$ 500 mil por capítulo. E dados prévios do Ibope mostram que a meta foi atingida no primeiro dia. Na Grande São Paulo, a novela alcançou uma média de 11 pontos.
Em conversa com repórteres, Carlos Lombardi garantiu, no entanto, não estar preocupado com audiência. "A maior audiência da Record é o 'Cidade Alerta', que dá 10 pontos. Sou uma pessoa realista, audiência não é raio", afirmou ele, que estava ansioso.
"Para mim, a expectativa é a de sempre. Estreia de novela é como um parto: dói, assusta, mas às vezes sai um filho maravilhoso", brincou ele, que foi elogiado pela atriz e amiga Betty Lago. "Deus existe. A Record ter contratado o Lombardi foi um acerto muito grande, requenta a teledramaturgia", disse ela.
Os anos 70, época em que se passa a história, foi o tema da festa de lançamento de "Pecado Mortal". Na pista de dança, quatro dançarinos com roupas características da década ensaiavam passos e convidavam o elenco a dançar. Na saída, os convidados ganharam um chaveirinho de globo espelhado, presente na logo da trama.
Exibida às 22h30, a novela mostra a ascensão do tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro, tomando o lugar do jogo do bicho. Os protagonistas são interpretados por Fernando Pavão e Simone Spoladore.
Além de Betty Lago, outros nomes que já trabalharam com Carlos Lombardi na Globo também estão na trama, como Mário Gomes, Bianca Byington, Cláudio Heinrich e Tatiane Goulart. Juliana Didone foi contratada pela Record para fazer a novela e Paloma Duarte é uma das vilãs da história.
"Queria escrever algo mais dramático, com uma pegada mais séria. Meu jeito de contar uma história continua igual, mas o horário me permite ir mais fundo em questões inadequadas ao horário livre. Não vou ter que dourar ou disfarçar a violência, por exemplo", afirmou Lombardi, em entrevista recente ao Purepeople.