Quatro meses após a morte de Rafael Miguel, Isabela Tibcherani homenageou o namorado e fez uma tatuagem inspirada em uma foto do casal. "Homenagear você, nós, nunca será o suficiente. Mais um traço na minha pele. Pensado e inspirado na história de amor mais linda que já existiu. Obs.: Os olhos não fazem parte do conceito da tattoo. É só contorno", explicou a jovem neste sábado (19). Em seu perfil no Instagram, Isabela compartilhou cliques em que mostra o desenho, que traz a mensagem: "Queria que estivesse aqui". A estudante já havia marcado na pele o amor que sente pelo ator com a frase "together always (sempre juntos)". Além dos elogios, alguns internautas questionaram: "Por que está sem olhos?". Isabela, então, esclareceu: "É o conceito da tatuagem".
Rafael foi assassinado com os pais no dia 9 de junho em São Paulo. O único suspeito do crime é o pai de Isabela, o comerciante Paulo Cupertino Matias, que segue foragido. "Ela ainda não conseguiu retomar a rotina. Consegui um psiquiatra para ela, que realizou exames e está sendo medicada. Ela foi diagnosticada com estresse pós-traumático e ainda não tem condições de sair sozinha. Tento evitar que ela assista a televisão para não ficar se influenciando. Ela só vai voltar à vida normal quando o pai dela for preso. Ela tem variação de humor. Oscila muito. Uma hora está triste, depois fica alegre e chora. Ela ainda não caiu na realidade porque ainda aguarda uma ligação do Rafael", contou o advogado de Isabela, Eliton Lima dos Santos.
Segundo Eliton, Isabela ficou "chocada" após a divulgação do laudo necroscópico. De acordo com o documento, foram disparados 13 tiros contra as vítimas: sete em Rafael, quatro no pai do ator e dois na mãe dele. Os tiros em Rafael atingiram a cabeça, o braço e as costas. "A quantidade de tiros que ele tomou é muito elevada. Os dois tiros no braço indicam que tanto ele quanto o pai tentaram se defender. Já os tiros nas costas (do Rafael Miguel) indicam que houve um índice de crueldade muito grande. Você percebe o quanto ele (o suspeito, Paulo Cupertino) estava com raiva e sem motivação (para cometer o crime)", destacou o advogado.
Sofrendo críticas depois da tragédia, Isabela pediu na Justiça, por meio de seu advogado, uma medida protetiva contra o pai. Ela disse que não acredita que o comerciante vá se entregar à polícia. "Ele é uma pessoa perigosa, capaz de fazer qualquer coisa. A essa altura a gente espera qualquer coisa. Não acredito que ele possa se entregar. Pai é quem cria, que dá amor, quem acolhe e protege. E ele nunca fez isso por mim. A presença dele, mesmo que ele estivesse em calado, me fazia mal. Ainda não tive tempo de sentir e viver meu luto. Futuramente, quero estudar e trabalhar, até para ajudar minha mãe e meu irmão que precisam, pois também eram dependentes do meu pai. Quero fazer o que sempre quis com o Rafael aqui. Ser independente, poder viajar, fazer as coisas que a gente tinha vontade", falou.