Isabela Tibcherani falou sobre a morte de Rafael Miguel em entrevista à Globo nesta quinta-feira (13). O ator foi assassinado junto com seus pais em frente à casa da namorada na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira, na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (9). Segundo a jovem de 18 anos, desde o dia do crime ela não conseguiu assimilar o que aconteceu. "Quero que isso acabe. Que isso se resolva. Quero justiça e quero paz. Preciso viver meu luto. Estou cansada. Bem cansada. Eu preciso chorar e aceitar, porque estou com a sensação de que ele vai voltar. Eu não quero esquecer, mas não quero remoer. Eu só quero ter paz. A situação é extremamente dolorosa e triste. Está me tirando do eixo", declarou no escritório de seu advogado, na região do Ibirapuera.
Isabela contou também que passou o Dia dos Namorados no cemitério ao lado do túmulo onde o corpo de Rafael, responsável por tomar um tiro ao proteger Miriam Selma, está enterrado. Ela levou flores azuis. "É a cor preferida dele. Não podia deixar passar em branco. Foi bom para não deixar no esquecimento", comentou a jovem, que afirmou que a mãe está contra ela na investigação do caso. O pai de Isabela, Paulo Cupertino, é procurado pela polícia como autor do crime: "Tem gente falando que estou tirando proveito da situação, uma situação que é extremamente dolorosa, triste e terrível. Coisa que eu jamais faria é tirar proveito de uma coisa dessas. Se eu pudesse, eu estaria agora ao lado dele, não aqui falando isso".
Na casa de uma amiga, Isabela foi categórica ao falar que não vai voltar para casa. "Um ambiente extremamente tóxico, com lembranças ruins. Eu não tenho motivos para estar lá. Nem que desse eu voltaria para lá. Não tem a menor possibilidade. Nunca foi um lar ", declarou a jovem, que continua falando com o irmão e a mãe: "Eu pergunto como eles estão, se estão comendo. Estamos conversando".
Isabela Tibcherani revelou ainda como começou o romance com Rafael. De acordo com a jovem, o contato entre os dois começou pelas redes socias, plataforma em que tem recebido apoio. "Ele era normal, humilde. Sempre foi bastante piadista, engraçado e inteligente", relatou. O relacionamento foi descoberto pelo pai em novembro. "Ele disse que deveria ter dado um tiro na minha cabeça quando eu nasci. Talvez a forma de amar dele seja distorcida", avaliou. Isabela acrescentou que, apesar de desaprovar a relação, o pai não deu sinais de que cometeria o crime: "Eu imaginei que pudesse agredir, ameaçar, maltratar, mas isso, não. Não havia ameaças ainda".
(Por Patrícia Dias)