Uma tragédia em família mudou para sempre a vida de Marcos Mion e fez o apresentador do "Caldeirão" decidir a carreira artística. Acusado por internautas de se envolver com Débora Nascimento, o comunicador com passagens pela Record, Band e MTV se lançou na TV como ator da série "Sandy & Jr." (1999-2002) e na sequência se tornou apresentador de atrações como "Descontrole", "Legendários" e "A Fazenda".
A tragédia ocorrida em janeiro de 1995 envolveu seu irmão Marcelo, então com 18 anos, que morreu na hora ao cair de uma altura de 11 metros no Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista. O irmão de Mion subiu no parapeito do museu enquanto comemorava o aniversário de um amigo e a própria aprovação para a faculdade de Medicina - iria estudar em Marília, cidade distante 2h da capital paulista.
"Eu sei que ele está comigo sempre", afirmou o artista em entrevista a Pedro Bial a respeito do irmão morto de forma trágica e precoce.
Pai de três filhos, entre eles Romero, diagnosticado com autismo, e Donatella, que ganhou um festão de 15 anos dos pais em 2023, o apresentador recordou o trauma em entrevista ao programa "Conversa com Bial". Na ocasião, Mion relatou ter tido uma grande tristeza, optando por ficar em seu quarto até que a mãe lhe orientou a procurar um curso de teatro.
"Eu era o cara que gostava de estar envolvido nas peças de teatro da escola, que levantava para fazer todo mundo dar risada, e isso tinha sumido da minha vida depois da morte do meu irmão. Eu tirei o meu direito de sorrir, e a alegria da minha vida", admitiu o apresentador, que tinha 14 anos na época da morte do irmão mais velho.
"(No teatro) de repente eu estava vivendo um personagem com problemas que não eram os meus, e ninguém sabia o que eu tinha passado, ninguém sabia a minha dor. E de repente eu estava brincando de ter os problemas e dores de outra pessoa, e com isso fiz as pessoas darem risada de novo, que era algo não fazia há algum tempo", concluiu o global, que teria tido uma recente rixa com Serginho Groisman.
A comemoração teve início em um bar próximo ao museu e por volta de 0h o estudante decidiu passear com seus amigos no Masp. Na época, ninguém da família quis comentar a tragédia com Marcelo, que havia feito o vestibular para pelo menos outras três instituições, entre elas a Unicamp (Campinas).
"O aniversariante subiu no banco do belvedere (mirante) do vão livre do Masp, de onde pode-se ver parte do vale do Anhangabaú. Ele disse no 4º DP (Consolação) que queria "apreciar a vista". Marcelo seguiu o amigo e também subiu no parapeito do banco, que tem cerca de 20 centímetros de largura. Ele teria se desequilibrado e caiu no piso do restaurante do museu", relatou o jornal "Folha de S.Paulo".