[ALERTA: o texto a seguir aborda assuntos relacionados a saúde mental. Caso a matéria desperte gatilhos ou você conheça alguém que precise de ajuda, procure o Centro de Valorização à Vida, disponível 24 horas pelo telefone 188, ou o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) mais próximo]
A tragédia que vitimou a ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, aos 42 anos, no dia 21 de setembro, impediu a medalhista de ouro na Olimpíada-2008 de realizar seu maior sonho: a maternidade. E segundo uma de suas melhores amigas, Walewska já tinha montado até um enxoval. "Existe, está na casa dela e todas as amigas mais íntimas sabem da existência", afirmou Elisangela Almeida de Oliveira, a Lili, que chegou a dividir quarto com a amiga, cujos bens deverão ser repassados aos pais.
Walewska caiu do 17º andar de um prédio em São Paulo e a polícia segue investigando as causas, ao mesmo tempo que uma nova hipótese é levantada. Já se sabe que a ex-jogadora recebeu uma mensagem do marido momentos antes da tragédia pedindo a separação após cerca de 20 anos de relacionamento.
Lili afirmou ainda ao UOL que o assunto maternidade acabou sendo deixado de lado por Walewska, causando surpresa. "O sonho de ter filhos da minha amiga foi interrompido. Até achei estranho quando, um tempo atrás, ela disse que não falaria mais no assunto filhos porque o casal tinha chegado à decisão de não dar prosseguimento no assunto", revelou Elisangela, igualmente ex-jogadora de vôlei e que atualmente comanda a gestão de uma equipe em Itajaí (Santa Catarina).
Assim como os pais de Walewska, Lili nega ter notado alguma vez que a amiga enfrentasse alguma situação que a pudesse levar a uma atitude extrema. "Ainda custo acreditar que ela atentou contra a própria vida". "Nunca deixou transparecer nada de problema com a saúde mental. Ela não era depressiva, nunca, isso eu garanto. Além do mais, eu saberia se ela estivesse chateada com algo", garantiu.