[ALERTA: o texto a seguir aborda assuntos relacionados a saúde mental. Caso a matéria desperte gatilhos ou você conheça alguém que precise de ajuda, procure o Centro de Valorização à Vida, disponível 24 horas pelo telefone 188, ou o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) mais próximo]
A trágica morte de Walewska Oliveira completa uma semana nesta quinta-feira (28) e as circunstâncias ainda não foram completamente desvendadas. Embora a linha de investigação trabalhe com a hipótese de um suicidio, uma vizinha da ex-jogadora levantou outra hipótese para a queda do 17º andar do prédio. O depoimento foi publicado pela colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles.
A vizinha diz que Walewska caiu em frente à varanda de seu apartamento e não descarta a hipótese de ter sido um acidente. "O laudo definitivo ainda não saiu e existe uma grande possibilidade dela ter se desequilibrado e caído sem querer, pois o guarda corpo que fica próximo à mesa onde ela estava sentada é muito baixo e perigoso. Se considerarmos a altura dela [Walewska tinha 1,90m], essa hipótese não pode ser descartada", diz ela.
A vizinha de Walewska também contesta a afirmação de que os papeis encontrados no local seriam cartas de despedida. "Tinha uma pasta na mesa com vários papeis que estão dizendo que eram cartas de despedida. Pode até ser, mas ainda não está comprovado. Podiam ser anotações para e entrevista que ela ia dar para o SporTV. Ela entrou no local muito antes da hora do acidente e quem esteve com ela disse que ela estava conversando normal e parecia tranquila", afirmou.
Procurado pela colunista do Metrópoles, o marido de Walewska, Ricardo Mendes, disse que não está sob posse da suposta carta de despedida. "Ainda não me entregaram a carta e nem o celular dela", garante ele.
Walewska enfrentava uma crise no casamento de 20 anos e Ricardo já havia pedido divórcio. Em entrevista ao UOL, o viúvo diz que não imagina o gatilho que resultou na tragédia, mas admite que sempre se preocupou com a reação da esposa em relação ao pedido de separação.
"Uma vez ela disse para mim: posso perder dinheiro, posso perder status, mas não posso perder você. Esse poder de posse sempre me preocupou. Por isso, de uns três anos pra cá, sempre tive compaixão e cuidado, justamente preocupado com a reação dela. Tentei levar e administrar a crise", contou.