Aloísio Ferreira Gomes, mais conhecido como o Canarinho do programa "A Praça é Nossa", morreu no início da tarde desta sexta-feira, 21. Aos 86 anos, ele foi internado no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, depois sofrer um infarto agudo do miocárdio no último domingo (16). O quadro clínico de Aloísio piorou e ele não resistiu.
O humorista entrou para o elenco do programa "A Praça é Nossa" em 1987 e trabalhou na atração até o fim de sua carreira. Nas cenas, seu personagem falava muito alto ao telefone e sempre arrumava confusão, pois atrapalhava as conversas das outras pessoas.
Carlos Alberto de Nóbrega, que comandava a praça, falou sobre o amigo durante a edição 1000 do programa: "Ele é um irmão que eu não tive. Canarinho faz parte da minha vida, ele o Golias, realmente... Deus me deu para cobrir a falta de irmãos que meus pais não puderam me dar", disse.
Aloísio é baiano, natural de Salvador, e começou a carreira aos 17 anos com participações na rádio, no cinema e na televisão. Ele chegou a deixar o "A Praça é Nossa" no início da década de 2000, depois de uma renovação na equipe, mas três anos depois voltou ao trabalho. Em 2008, teve problemas de saúde e, mais um vez, ficou afastado das gravações.
Ele iria completar 27 anos de SBT. A emissora lamentou a morte do ator em um comunicado oficial para a imprensa: "Deixamos nossos sentimentos aos familiares, amigos, admiradores e colegas de trabalho de Canarinho", diz o texto. O corpo de Aloísio será cremado, como era de sua vontade.
O Brasil também perdeu um grande ator recentemente. Paulo Goulart morreu aos 81 anos , na quinta-feira (13), depois de uma batalha contra um câncer, no hospital São José, em São Paulo. O ator era casado há 60 com Nicette Bruno. "Foi um final dolorido, mas uma passagem em paz com muito amor. Foi com todos os filhos e netos em volta. É eterno. Vamos ter esse momento de separação. Mas vamos nos encontrar. Tenho a certeza de que ele estará sempre conosco", afirmou Nicette. Foram celebradas duas missas de sétimo dia pela alma de Paulo, uma em São Paulo e outra no Rio. O velório foi realizado no Theatro Municipal de São Paulo. Depois, ele foi enterrado no cemitério da Consolação enquanto todos cantavam a música "Eu Sei Que Vou Te Amar".